TEXTO DE LUÍSA JORGE
LUISA.JORGE@SNOTICICAS.CO.MZ
Chegaram à Casa do Gaiato na meninice. As armadilhas da vida obrigaram os seus pais e familiares a buscarem um lar melhor para os abrigar e orientá-los para um melhor porvir. Para uns, afastar-se do tecto que os viu nascer foi algo incompreensível, pelo menos em alguma fase dessa história.
Afirmam que a atitude dos seus parentes simplesmente não caiu no seu regaço. Somente com o passar do tempo, após avaliarem os ganhos a vários níveis advindos da decisão tomada ao nível familiar e, sobretudo, assimilarem os novos valores da vida e a nova irmandade na Casa do Gaiato, que os acolheu, passaram a considerar-se felizardos pelo presente que vivem. De gaiatos tornaram-se profissionais bem-sucedidos e actuam em diferentes áreas na sociedade.
MÉDICO DENTISTA
Telmo F. Macule, hoje com 39 anos de idade, médico dentista, serve desse exemplo. Foi uma das primeiras crianças acolhidas naquele lar. Actualmente, está a fazer a sua especialização em cirurgia maxilo-facial. Formou-se graças àquela casa. Guarda dentro de si um dos ensinamentos que lhe foi transmitido: a ajuda ao próximo, “um legado deixado pelo Padre José Maria, um dos fundadores do Projecto Obra de Rua”.
Com efeito, depois de concluir o ensino secundário, por um período de cinco anos apoiou socialmente o lar dos desamparados da Malhangalene. Hoje, Telmo é sócio da Casa do Gaiato e constituiu a sua família e é pai de dois filhos. Leia mais…
