TEXTO DE ANDRÉ MATOLA
ANDRE.MATOLA@SNOTICICAS.CO.MZ
Descobrimo-lo durante a confraternização da comunidade moçambicana radicada em Paris, França, no mês passado, no âmbito da celebração dos 48 anos da Independência Nacional, que, entre muitos artistas moçambicanos, também foi abrilhantada pelas talentosas vozes de Assa Matusse e João Paulo (ex-Sáldicos). Não perdemos a oportunidade de com ele conversar.
Dé ou Ibrahimo (nome Oficial), de estatura baixa e aparentemente sempre bem disposto, pintou quadros com os pés (como o búlgaro sportinguista Balakov, recordam- -se dele?), nos pelados de Moçambique (inclusive no mítico campo do Xipamanine, agora feito um enorme “dumba- -nengue”) e relvados envergando as cores do Grupo Desportivo de Maputo , em 1980, e Têxtil do Púngue, em 1981, tendo se sagrado campeão nacional.
Quando tivesse a bola, o seu rosto mostrava que ele se recriava, que se divertia a grande, enquanto os adeptos do Desportivo de Maputo gritavam “Dé nwananga Dé” (Dé, meu filho, Dé), “Dé nwananga Dé” (Dé, meu filho, Dé), e fintava um, dois, três, sempre em progressão e com os olhos postos na baliza adversária. Dispensável repisar que foi um exímio executante, de mobilidade sui generis, e era um regalo vê-lo jogar, no tempo em que os campos do Desportivo de Maputo, Maxaquene, Estrela Vermelha, Estádio da Machava e Ferroviário da Baixa rebentavam pelas costuras, pois, como dizia o grande músico Alexandre Langa, aos fins-de-semana não havia melhor do que ir a um campo para ver Dover, Joaquim João, Nuro Americano, entre outros, a brincarem com o esférico. Leia mais…