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OLHANDO O MUNDO: Com a Rússia mergulhada em guerra OTAN vira as atenções para o Oriente

Por Idnórcio Muchanga

POR EDSON MUIRAZEQUE *

EDSON.MUIRAZEQUE@GMAIL.COM

Depois de ter “encurralado” e mergulhado a Rússia numa guerra, o braço armado dos EUA-Ocidente, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), decidiu virar as suas atenções para o Oriente. A OTAN não só anunciou, no passado mês de Maio, a intenção de abrir um escritório de ligação em Tóquio, Japão, como também convidou os líderes dos seus principais aliados asiáticos – Austrália, Coreia do Sul, Japão e Nova Zelândia – a participarem na cimeira realizada em Vilnius, Lituânia. Estas acções parecem sinalizar a intenção da Aliança de expandir-se para o Oriente, numa demonstração da sua determinação em combater as principais ameaças identificadas no seu Conceito Estratégico de 2022. A China, neste caso, é o alvo preferencial na mira dos EUA-Ocidente na sua viragem de atenção para o Oriente.

Em 2022 a OTAN lançou, ou relançou, os ingredientes que comprovam a intenção dos seus líderes estenderem a sua hegemonia a nível global e conterem qualquer potencial adversário que pretenda o mesmo. Tais ingredientes constam do Conceito Estratégico anunciado naquele ano e que coloca a Federação Russa e a China como as maiores ameaças à hegemonia ocidental e, portanto, alvos a serem combatidos. No último Conceito Estratégico da OTAN, documento que tem sido revisto numa periodicidade de dez anos, a Rússia é tida como a “ameaça mais significativa” e a China como um desafio aos “interesses, segurança e valores” da Aliança no sistema internacional. As acções que se seguiram à publicação daquele documento têm sido uma clara demonstração da determinação da Aliança em isolar e tentar enfraquecer os “inimigos” identificados. Leia mais…

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