– Celmira da Silva, directora da ANAC
TEXTO DE VICTORINO XAVIER
A movimentação de espécies faunísticas, através de vários corredores unificados de ecossistemas existentes nos países, é um activo importante para a consolidação da estabilidade política e aprofundamento das relações de amizade e boa vizinha entre povos da África Austral. Esta ideia é partilhada pela directora nacional da Administração Nacional das Áreas de Conservação, Celmira da Silva, à margem do jubileu dos parques nacionais de Banhine e Zinave nas províncias de Gaza e Inhambane celebrado na última segunda-feira em Mabote.
Recordou que a criação das Áreas de Conservação Transfronteiriça de Grande Limpopo que inclui Kruger Parque, na África do Sul; Gonarezhou no Zimbabwe; e Banhine e Zinave, em Moçambique, tinha um cunho político e económico na região, para além da preservação de espécies.
A preservação da biodiversidade dos três países foi impulsionada pela assinatura, no início da década 2000, de um memorando conjunto nas margens do rio Limpopo, na cidade de Xai-Xai, na presença dos três então estadistas, nomeadamente Thabo Mbeki, da África do Sul; Robert Mugabe, do Zimbabwe; e Joaquim Chissano, de Moçambique. Selavam-se assim várias rondas de debates iniciadas em Maio de 1990, altura em que a África do Sul e Moçambique lutavam para baixar tensões políticas entre ambos. A circulação de elefantes do Parque Nacional de Gonarezhou para Kruger Park e Zinave e Banhine foi mote para a aproximação política entre os três países. Leia mais…