TEXTO DE ANDRÉ MATOLA, EM PARIS
FOTOS DE CARLOS UQUEIO
A Cimeira Para Um Novo Pacto Financeiro Global, que entre quinta e sexta-feira última decorreu na capital francesa, Paris, com a presença de mais de 50 chefes de Estado e de Governo e do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pode marcar o ataque mais musculoso às questões das mudanças climáticas, combate à pobreza e salvaguarda do planeta e a projecção de uma nova arquitectura financeira global.
O mote para a reunião de Paris foi a necessidade de se encontrar uma forma alternativa ao modelo de financiamento actual, ou seja, repensar o mecanismo de financiar as realidades transversais que o mundo está a viver.
O Primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane, que participou na cimeira em representação do Chefe de Estado, Filipe Nyusi, falou à imprensa moçambicana momentos depois do fim dos trabalhos, tendo dito que os participantes vincaram que há que fazer de tudo para que a pobreza diminua e o desenvolvimento continue.
Relacionado a isso, segundo Maleiane, há toda necessidade de se estudar a melhor forma para resolver a questão do serviço da dívida porque em muitos países está muito acima daquilo que é possível e “a consequência imediata disso é verificar-se o desvio do dinheiro, que podia ser usado para melhorar a educação, saúde e também mitigar, senão mesmo prevenir alguns casos possíveis dos efeitos de mudanças climáticas, para atender outras necessidades”.
Foi consensual, entre os participantes a necessidade de se rever como é feita a transição para novas fontes de energia limpa. Neste quesito, Maleiane recordou que vários países, incluindo Moçambique, “já fizeram muitos investimentos na base de energia de combustíveis fósseis”. Leia mais…