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Deixámos de pensar universalmente no povo

Por Idnórcio Muchanga

– Filimone Meigos, professor universitário, na avaliação dos 48 anos da Independência

TEXTO DE MARIA DE LURDES COSSA

MALU.COSSA@SNOTICICAS.CO.MZ

FOTOS DE CARLOS UQUEIO

Foi oficial das Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM), comissário político, em Nampula. Entre 1985-1987, Filimone Meigos desempenhou a função de secretário-assistente de Francisco Masquil, então governador da província de Sofala. Antes leccionou Filosofia e História dos Séculos na Escola Militar. Sociólogo sonante no país, actualmente é membro da Comissão Nacional de Títulos Honoríficos e professor universitário.

A escassos dias da celebração dos 48 anos da Independência Nacional, domingo conversa com Meigos, homem de convicções fortes, que defende a necessidade de o Estado cobrir a cultura, educação, saúde, defesa e segurança, tal como preconizava a primeira República, aquela anunciada a 25 de Junho de 1975 e dissolvida em Dezembro de 1990. “São grandes ganhos da primeira República, não sei em que curva nos perdemos. Lavámos a criança, deitámos fora a água e a criança”, pontua.

Sem evitar perguntas, Meigos volta à sua infância. Em 1975, tinha 15 anos de idade. Partilha as suas impressões sobre os 48 anos da Independência, dá nota positiva à Frelimo pela manutenção da unidade nacional. Ei-lo, a seguir, leve, hilário e com as ideias a lhe saltarem à mente.

Enquanto o regime português fazia descer a bandeira colonial, a Frelimo içava, com vigor, a bandeira da então República Popular de Moçambique, a 25 de Junho de 1975. A semanas da 48.ª celebração desta data, pode dizer-nos como vê o país?

Por um lado, temos um axioma que é a Independência, portanto, não se discute. Por outro, neste processo de libertação houve erros de percurso que nos podem ser imputados como moçambicanos assim como podem ser razões exógenas. Mas são erros próprios de percurso. Estamos a falar de um país de 48 anos.

Uma nação em formação, diga-se! Leia mais…

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