TEXTO DE EDSON MUIRAZEQUE *
EDSON.MUIRAZEQUE@GMAIL.COM
O mais recente relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, SIPRI na sua sigla em inglês, indica que a China é o país que mais cresceu no último ano em termos de produção e modernização do seu arsenal nuclear. Enquanto em Janeiro de 2022 o gigante asiático contabilizava 350 ogivas nucleares, em Janeiro de 2023 o país passou a contar com 410, um aumento de 60 ogivas. Para o SIPRI, dependendo de como vai decidir estruturar as suas forças, a China poderá ter pelo menos tantos mísseis balísticos intercontinentais quanto os Estados Unidos ou a Rússia até 2030. Ao que tudo indica, a potência número 2 no ranking económico, que tem sido indicada como a com maior potencial para destronar a hegemonia dos EUA, parece estar numa marcha rápida para atingir a primeira e segunda classificadas do restrito clube nuclear.
O restrito clube nuclear é composto por nove países e começou a ser constituído em 1945, quando os EUA fizeram o seu primeiro teste nuclear. De seguida, a Rússia realizou o seu primeiro teste em 1949, tendo entrado no clube países como o Reino Unido em 1952, a França em 1960, a China em 1964, a Índia em 1974, o Paquistão em 1998, a Coreia do Norte em 2006 e Israel. Sobre Israel “nada se sabe” especificamente sobre o momento em que entrou no clube nuclear, pois o país nunca admitiu formalmente que possui capacidade nuclear militar. Desde a realização do primeiro teste, as armas nucleares foram usadas somente em duas ocasiões pelo mesmo país – os EUA que bombardearam Hiroshima e Nagasaki, cidades japonesas, no final da Segunda Guerra Mundial. Leia mais…