TEXTO DE ABIBO SELEMANE
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As crateras criadas por empreiteiros (câmaras de empréstimo) para a extracção de inertes (areia e pedra) durante a realização de obras de construção ou reabilitação de estradas constituem uma ameaça à vida das populações circunvizinhas e a várias infra-estruturas, entre habitacionais e rodoviárias.
O nosso jornal constatou este facto em vários pontos do país onde crateras foram abertas e, depois, abandonadas, quando as normas da Administração Nacional de Estradas (ANE) obrigam a que, terminado o projecto que levou à sua abertura, as mesmas devem ser imediatamente tapadas, para que a área possa ser posteriormente usada para a prática da agricultura ou actividades de outra índole como a retenção de água.
Entretanto, estas medidas não estão a ser observadas nos locais onde existem câmaras de empréstimo, sendo que alguns exemplos flagrantes são visíveis em plena província e cidade de Maputo. Testemunhámos que os buracos que foram abertos pela empresa chinesa CRBC, por volta de 2014, para a execução das obras da Estrada Circular de Maputo, estão a se transformar num problema ambiental e a tirar sono a muitos cidadãos que pedem a intervenção das autoridades governamentais. Leia mais…