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Tchakulandha tchipundha: A viagem da vida

Por Idnórcio Muchanga

-crónica de aniversário

Por Lo-Chi

O pressuposto desta viagem é a felicidade que se tece na troca, na comunhão, porque o Homem é um animal gregário; a companhia faz-se mister. Porém, muitas vezes a solidão perturba e ela é essencialmente interior. É importante frisar que não há circunstância perfeita para se ser feliz. Ser feliz é a capacidade de viver com uma predisposição ou empatia para a beleza, e olhar-se para as interferências perturbadoras como o jogo de cores de realce ou, na pior das hipóteses, como o ínfimo tributo necessário. Procurando a alegria, constrói-se o real presente, sem o assombro nem expectativa do imaterial futuro. O bom viajante sabe que o prazer não é chegar, ele ancora-se no percurso. Chegar é apenas o corolário, o êxtase. E quem sabe tirar proveito do percurso é realizado.

Há dois absurdos que inquietam a mundivivência. Um, o medo da felicidade. Quando o prazer assusta cobre a felicidade com um manto de pecado. E por indução vai transformando tudo ao redor em imperfeição. Outro, o sacrifício. Tem-se na viagem da vida duas opções: ou faz-se dos percursos satisfação – vive-se – ou transforma-se em sacrifícios – procrastina-se. Aqui reside o segredo diferencial. Viver não é esperar a morte. Viver não é o futuro como álibi. Para o pragmático, o verbo viver é “defectivo”, não se conjuga no futuro. Viver é o já que se tem, fazendo-se sempre leve e agradável. Leia mais…

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