Texto de Joca Estêvão
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Certo período, depois de o Ferroviário de Maputo ter conquistado o Campeonato Nacional de 1982, com Mário Coluna no comando da “locomotiva”, foi contratado Rui Rodrigues para a sua substituição. Rui Rodrigues, moçambicano que chegou a jogar pelo Benfica de Portugal, era uma figura respeitável, no entanto, acabou por não permanecer por muito tempo à frente da equipa.
No período seguinte, os “locomotivas” contrataram a “velha raposa”, Martinho de Almeida, que se tornara reconhecido pela forma como conseguiu transformar o Costa do Sol (ex-Benfica de Lourenço Marques) numa equipa portentosa. Apesar de a realidade ser diferente, Martinho quis implementar os seus métodos, que, de certa maneira, contrariavam os que a maioria dos jogadores e estrutura do clube estavam habituados.
No início da temporada, o Ferroviário de Maputo foi estagiar em Chongoene, província de Gaza. Martinho pretendia que os jogadores ficassem o mais distante possível do seu “habitat” e possibilitar que os jogadores se entrosassem.
O técnico, de muito bom gosto, levou para o local a sua esposa. Uma mulher linda que não passava despercebida aos olhos de qualquer comum dos normais. Por onde ela passasse, os olhos arregalavam-se e, ao notar essa tendência também nos seus pupilos, dirigiu-se a eles num vernáculo ronga: “munga priciari mamana wenu”*. Leia mais…