Texto de Luísa Jorge
luisa.jorge@snoticicas.co.mz
Fotos de Jerónimo Muianga
A prostituição está a ganhar novo formato na vila de Massinga, província de Inhambane, ocorrendo, inclusive, à luz do dia. “Hot spotsˮ ou “zonas quentesˮ é como são chamados os lugares onde esta actividade acontece. Cada espaço tem as suas particularidades. Uns, “guest house”, outros bares e outros ainda barracas com quartos na parte traseira do estabelecimento.
São espaços onde se pode desfrutar de um ambiente social aparentemente natural. Para além de bebidas, também se pode degustar de uma variedade de petiscos à moda moçambicana, ao som de música, proporcionando momentos de descontracção aos utentes. VIP, Jazz Core, Lua Nova, Cecília e Luxas Bar são as referências.
Nos locais, as trabalhadoras do sexo realizam a sua actividade de forma aparentemente discreta. Contrariamente ao habitual, as “manas”, como são chamadas, não vêm trajadas de roupas excessivamente curtas ou decotadas. Não. Os seus trajes são comuns, pouco apelativos à sensualidade. Naquele ambiente, de calças jeans, saias abaixo do joelho, blusas simples e vestidos cobrindo as suas silhuetas, elas misturam-se e confundem-se com clientes comuns. Dizem que investem mais em trajes íntimos.
Mas este código de conduta não foi sempre assim. É uma forma de estar fruto da sensibilização feita por organizações que velam pela saúde e bem-estar social deste grupo. É assim como elas se apresentam de dia. Deste modo, obedecem ao código de conduta e forma de estar das comunidades locais. Leia mais…