Inhambane figura entre as províncias que mais registam crimes de homicídio no país. Apenas em 2022, foram reportados 21 assassinatos nesta parcela do país, parte dos quais resulta de “ajustes de contas” ligados à acusação de feitiçaria. As ocorrências vêm preocupando sobremaneira as autoridades locais, desde a administração da justiça, organizações viradas para assistência e protecção social a lideranças comunitárias.
domingo escalou recentemente a província de Inhambane para acompanhar de perto esta realidade. Foi neste âmbito que interagiu com Lídia Cumbana, idosa de 65 anos, que se encontrava no Posto Policial de Jangamo para denunciar as ameaças de morte que sofria por parte do seu filho mais novo, um jovem de 24 anos.
Apesar de não ser a primeira vez que o seu caçula age de tal forma, aquela era a sua primeira denúncia. “Desta vez fiquei com medo porque ele estava muito enfurecido. Quando chegou na minha casa, eu estava doutro lado da machamba. Foi ao meu encontro, começou a gritar e arrancou-me a enxada enquanto dizia que eu sou maluca. Que a vida dele não andava por culpa minha, que não conseguia vender o terreno dele para ir a Maputo, porque eu fechava os caminhos dele.Por isso queria me matar”.
Estes factos estavam a ser relatados a Iolanda Arnaldo Seda, agente da secção de atendimento a casos de violência naquele posto policial. Leia mais…
Texto de Luísa Jorge
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