O título desta crónica surgiu depois de uma conversa que tive com o meu filho mais velho, o Ivan, que tem calcorreado este país por razões que se prendem com a sua profissão. Ele produz documentários e outros vídeos de curta duração sobre diversos episódios do dia- a-dia dos moçambicanos.
São vídeos que contam as vivências, os ideais, as utopias, o empreendedorismo e outras coisas tais de moçambicanos anónimos.
A História deste país é feita de um mosaico multicolor que nos une e onde cada um de nós, à sua medida, coloca o seu tijolo para construir com solidez a grande parede de Moçambique, que é de todos nós. Não sei se chamarei a estas histórias de empreendedorismo ou malabarismo de desenrasque. Uma coisa ou outra, a verdade é que o Amade Amade, um jovem da cidade de Pemba, mototaxista, passou há três meses a ser pleno proprietário da sua mota. A história contada na primeira pessoa foi assim: um empresário do bairro chamou o Amade Amade e perguntou- lhe se precisava de ajuda para fazer um negócio, para deixar de ser desempregado e passar a ser dono do seu destino. O Amade, que há muito tempo esperava por uma oportunidade dessas, vinda de um vizinho bem-intencionado, disse com todo o ar que tinha nos pulmões: “aceito o desafio e o senhor não se vai arrepender por me dar essa oportunidade. Quero ter minha mota, ser mototaxista”. Leia mais…
Por António Barros