Início » LUCRÉCIA PACO: Sou um corpo adormecido que vive de personagens

LUCRÉCIA PACO: Sou um corpo adormecido que vive de personagens

Por Idnórcio Muchanga

Foi nos anos 80, depois de assistir a uma peça protagonizada por Ana Magaia, que Lucrécia Paco (1969) se encantou pelo teatro e decidiu que iria seguir pelos mesmos “trilhos”. Não podia ter feito melhor escolha. Hoje, volvidos mais de 35 anos à serventia das artes cénicas, é uma actriz de créditos firmados e tem o nome carimbado no caderno das grandes referências do teatro em Moçambique.

Versátil, já emprestou o seu corpo a várias personagens, algumas das quais a coroaram e ajudaram-na a se cimentar como actriz: Ritinha, em “Meninos de Ninguém”; Moleque, da peça “Nove Horas”; Blanche DuBois, “Street Car named Desire”; “Mulher Asfalto”, um monólogo musicado por Cheny Wa Gune; Hedda Gabler, “A Filha do General”; Clara Zacanazia, em “O regresso da Velha Senhora”.

Actualmente, dá corpo à Mayothasse, uma das protagonistas da peça “A Amarrada Chuva de Kamutxukêti”, que se vê todas as sexta-feiras, sábados e domingos, no Cine-Teatro Scala. Uma mulher audaciosa, ambiciosa e desmedida, que pode, aliás, ser considerada o espectro da degradação de valores como a busca do bem comum que se assiste na sociedade moçambicana e no mundo, afinal a peça transcende as “fronteiras” do Scala.

Enquanto encenadora, adaptou “Niketche” e “Na Mão de Deus” de Paulina Chiziane, “O Último voo de Flamingo”, de Mia Couto, “Histórias de amor e espanto” e “Sobreviventes da noite”, de Ungulani Baka khosa. Leia mais…

PRETILÉRIO MATSINHE e MARIA DE LURDES COSSA

Você pode também gostar de: