Desde o arranque das operações de produção de Gás Natural Liquefeito (GNL) na Bacia do Rovuma, o país já recebeu 13 navios cargueiros de gás e outros 2 de condensados, destinados aos mercados europeu e asiático.
Esta informação foi partilhada, semana passada, em Maputo, por fontes do Instituto Nacional de Petróleo (INP) durante a 9.ª Conferência e Exposição de Mineração e Energia de Moçambique (MMEC) realizada sob o lema “Utilizando os recursos naturais de Moçambique para o Desenvolvimento Económico Transformacional e Sustentável”.
Com efeito, o país recebe por mês um a dois navios cargueiros no âmbito de um contrato de compra e venda de longo prazo assinado entre o Governo e a empresa BP Poisedon, que cobre os volumes totais de GNL produzidos pela plataforma Coral Sul FLNG.
Esta demanda surge num contexto em que grandes consumidores mundiais de gás buscam novos mercados, após sanções económicas aplicadas à Rússia, que culminaram com a redução da oferta.
Estima-se que a procura de gás natural no mercado internacional vá registar uma subida exponencial em 2024, na ordem de 500 milhões de toneladas, para mais de 700 milhões de toneladas, em 2040.
A crescente demanda será influenciada, dentre outros factores, pelo processo de substituição de carvão mineral por gás natural, no âmbito do acordo de Paris, em França, que visa a redução da emissão de gases poluentes. Leia mais…
TEXTO DE IDNÓRCIO MUCHANGA
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