O processo de votação, nas eleições gerais da última quarta-feira, em Angola, decorreu de forma calma, ordeira, organizada e em ambiente de tranquilidade, segundo avaliação preliminar da missão de observação da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Segundo a organização, os membros das mesas asseguraram, com isenção, o cumprimento dos procedimentos legalmente previstos, assim como o esclarecimento dos eleitores.
A missão de observação da CPLP destaca ainda a participação, no escrutínio, de jovens e de mulheres entre os membros das mesas, para além da correcta prestação das forças de segurança.
“Houve ainda a presença de delegados de lista de partidos concorrentes nas mesas de voto, que acompanharam o processo de votação, a contagem dos votos, o apuramento e a elaboração, entrega e afixação das actas”, lê-se num comunicado enviado ao domingo.
Entretanto, a Missão de Observação Eleitoral da CPLP exorta ao respeito da vontade dos eleitores, expressa através do exercício do direito de voto, à resolução dos diferendos eleitorais no quadro legal aplicável, com recurso aos instrumentos e mecanismos existentes, e ao esclarecimento das dúvidas, queixas e denúncias efectuadas, de forma que, no momento da divulgação dos resultados definitivos, estes sejam consensualmente aceites.
“Recordando que eleições democráticas e participadas são um pilar fundamental da boa governação, da estabilidade e do desenvolvimento económico e social”, refere o comunicado.
De referir que cerca de 14 milhões de cidadãos angolanos votaram no pleito de quarta-feira. A Missão de Observação trabalhou com nove distribuídas pelas províncias de Luanda, Bengo, Kwanza-Norte e Kwanza-Sul, tendo observado 452 mesas, pertencentes a 173 assembleias de voto, correspondentes a um universo de 353.397 eleitores.