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Pouca aderência para greve e hospitais funcionam em pleno

Por admin


Na primeira semana da greve dos médicos a situação foi a seguinte: dos 26 médicos nacionais existentes em toda província, apenas cinco é que aderiram à greve durante alguns dias. Três eram


 do Hospital Provincial de Chimoio (HPC), um de Machaze e outro de Manica. Destes cinco, três já se apresentaram aos seus postos de trabalho.


Durante a ronda efectuada pela nossa Reportagem nas cinco unidades hospitalares da cidade de Chimoio, nomeadamente, Provincial, 1° de Maio, Nhamaonha, 7 de Abril e Eduardo Mondlane, onde trabalham maior parte dos médicos nacionais, o cenário  era de tranquilidade total.


 Médicos, técnicos, agentes de serviços e outro pessoal estão nos seus postos a responderem às preocupações dos pacientes que para ali se dirigem à procura de assistência médica e medicamentosa.


José Mussenguere, de 53 anos de idade, por exemplo, disse que chegou ao Hospital Provincial de Chimoio (HPC), logo pela manhã para uma consulta de medicina e que duas horas depois tinha sido atendido. Na sua opinião, a greve não se faz sentir naquela unidade hospitalar porque em tão pouco tempo há resposta por parte dos médicos e outro pessoal.


“Acho que é uma posição louvável. Parece que os nossos médicos distanciaram-se da greve. Eles sabem que o seu compromisso é com o trabalho. Mesmo reconhecendo as dificuldades a que estão votados, têm consciência e acreditam que os problemas não são resolvidos por via de greve. O diálogo pode ser uma das principais saídas para ultrapassar o problema”, disse Mussenguere.   


Num outro desenvolvimento, Mussenguere condenou a posição daqueles profissionais de Saúde, que, movidos por aquilo que chamou de ganância pelo dinheiro, tomam posições que comprometem a vida dos pacientes.


“Eles deviam saber que o povo não tem culpa. A greve só prejudica os  inocentes. Estamos a ver em outros pontos do país a população a sofrer por falta de cuidados médicos condignos como consequência da greve. Deviam parar e pensar que a vida não se troca pelo dinheiro. Nesta situação algumas pessoas podem perder a vida por falta de tratamentos. Quando o problema for ultrapassado, quem se irá responsabilizar pelas desgraças? ” – questionou.


Já no hospital Eduardo Mondlane, uma outra unidade sanitária localizada no centro da cidade de Chimoio, a situação é a mesma. Tendai Muthara contou que chegou por volta das dez horas a fim de pesar e vacinar o seu bebé. Uma hora depois recebeu a devida assistência e ficou despachada. Para aquela cidadã, o pessoal de Saúde está a trabalhar normalmente respeitando os pacientes.


“Aqui nem conseguimos notar que há greve dos médicos. Estamos a ser atendidos. Quando cheguei aqui havia muita gente. Em pouco tempo fomos atendidos”, disse Tendai Muthara.


Depois de Eduardo Mondlane, a nossa Reportagem deslocou-se ao Centro de Saúde 1° de Maio para, à semelhança do que fez nos outros hospitais, aferir a situação. Ai conversou com Ana Armando. Ela mostrou-se satisfeita pelo atendimento e explicou que foi tratada com carinho pelas enfermeiras de serviço.


“ Cheguei logo pela manhã. Minha filha está com malária. Fui observada e receitada medicamentos. Outras pessoas que também estavam na fila foram atendidas. Vimos  médicos e técnicos a trabalharem. Penso que a greve não se faz sentir aqui. Os profissionais de Saúde sabem que tem um compromisso muito forte com os doentes”.

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