- Tem gente que espera por uma luz mas não levanta para acender o interruptor – Don Draper
Osho diz uma coisa interessante; afirma sem hesitação que nenhuma pessoa inteligente está interessada em dominar os outros. Uma pessoa inteligente está interessada em conhecer-se. Profundamente simples. Seria super-interessante se a humanidade se conduzisse por caminhos simples como este: buscar-se sem falsidades.
Mas nada. Investe-se na mediocridade. No facilitismo. No bota abaixo. Sobe-se usando os outros como degraus de uma qualquer escada bolorenta. Há quem invista todas as energias na delapidação moral do outro. Às vezes dá a impressão de que ser-se honesto é um erro fatal. Há, de facto, uma inversão total de valores que mete dó.
Este fenómeno alastra-se também para as organizações, independentemente da sua natureza. Enquanto uns remam numa direcção, outros, por razões excusas, empenham-se no sentido contrário. Muitos projectos interessantes acabam caindo em muitas armadilhas que podem afundá-los.
Muitas organizações, associações sobretudo, começam muito bem. Fazem pequenas coisas e vão crescendo. Realizam inclusive assembleias electivas. Estruturam-se como deve ser. Admitem novos membros. Agigantam- -se… e é aí onde o vírus entra em acção com a sua força demolidora. Faz mossa. Corrói por dentro. Ambição desmedida comanda, como diz a Rosália Mboa. Então fazem joguinhos. Criam enredos mais ou menos rocambolescos. Minam o ambiente. Jogam com todas as sensibilidades e, como aves de rapina, sabem quando e como atacar. Atingem os homens de boa-fé com violência desmedida. Não há coração que aguente tanta barbárie. Os bons, cansados dos idiotas, afastam-se… os necrófagos tomam a dianteira. Leia mais…
Por Belmiro Adamugy
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