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Primeiro-Ministro avalia pós-cheias em Gaza

Por admin

O Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, que se encontra de visita à província de Gaza, enalteceu o papel do governo provincial de Gaza na reorganização e normalização da vida social e económica

 das populações, depois das cheias ocorridas no princípio do ano.

Alberto Vaquina manifestou esta satisfação durante os trabalhos da sessão extraordinária do Governo Provincial de Gaza, tendo destacado que apesar das adversidades que se abateram sobre a província desde Janeiro último, por causa das cheias, mesmo assim as autoridades administrativas locais conseguiram trabalhar para mudar o cenário dramático que se vivia, envolvendo todos no processo de reassentamento e de reconstrução.

“Enquanto uns estavam com as atenções totalmente viradas para a busca de alternativas, de modo a fazer face aos estragos causados pelas cheias, noutras frentes encontrámos outros compatriotas nossos a dar o seu melhor para que a vida pudesse seguir um rumo normal, de forma a satisfazer as necessidades humanas do quotidiano”,disse Alberto Vaquina.

Na quinta-feira, em Xai-Xai, Alberto Vaquina visitou, na periferia da cidade, alguns locais onde se encontram reassentadas as famílias afectadas cidade e também foi ver infra-estruturas de irrigação. Depois reuniu-se com os agentes económicos e produtores locais, tendo abordado a importância da construção da barragem de Mapai para a contenção de eventuais cheias e garantia de água para irrigação de culturas.

Com os operadores económicos e produtores locais, Alberto Vaquina apelou para um maior empenho nas suas actividades, de modo a contribuir para o crescimento social e económico da província, em particular, e do país, no geral, encontrando soluções locais e concretas, sobretudo, para áreas da pesca, agricultura, comércio e indústria.

Especificamente, para a piscicultura em Xai-Xai, Alberto Vaquina, referiu que o Governo deverá incentivar o apoio necessário para a promoção da actividade, mas que os próprios operadores proporcione condições para a construção de carpintarias navais que poderão minimizar a falta de embarcações para a pesca.

Já na sexta-feira, Alberto Vaquina trabalhou na vila da Macia, distrito de Bilene, onde orientou uma sessão extraordinária do conselho municipal da vila da Macia que acolheu já parte significativa das vítimas das cheias, maioritariamente, provenientes do distrito de Chókwè.

Reginaldo Mariquele, presidente do conselho municipal da vila da Macia, afirmou que a sua edilidade atribui talhões a muitos concidadãos afectados pelas cheias em Chókwè e prometeu que, brevemente, vai atribuir outros quatro mil e 600 terrenos que já foram solicitados pelas vítimas.

O Primeiro-Ministro agradeceu o gesto de acolhimento das vítimas por parte das autoridades da vila da Macia, tendo enaltecido a importância e o significado desta solidariedade entre os moçambicanos  e valorização da sua própria auto-estima.

 Na Macia, Vaquina ainda se reuniu com funcionários públicos de Bilene, maioritariamente, da Educação e da Saúde. Os do sector de Educação se queixaram devido ao atraso dos seus salários, da falta de pagamento de subsídios de funeral e da falta de progressão na carreira profissional no exercício das suas actividades.

Como forma de se colmatar ou minimizar estas preocupações, Alberto Vaquina orientou o sector de Recursos Humanos da Educação a desencadear um trabalho profundo de análise dos problemas, com vista a superá-los e tranquilizar os funcionários.

Desde ontem que Alberto Vaquina trabalha em Chókwè para depois escalar Guijá, e Chibuto, outras zonas que foram seriamente afectadas pelas últimas cheias. No âmbito de normalização da vida das comunidades, foram parcelados em Gaza, mais de seis mil setecentos talhões distribuídos a mais de cinco mil e oitocentas famílias, em novos bairros dos distritos de Xai-Xai, Mandlakadzi, Chibuto e Guijá.

Na sequência das cheias, quarenta e cinco pessoas perderam a vida, quatro ficaram feridas e 378 mil e 487 pessoas ficaram afectadas. Sabe-se também que 181 escolas foram danificadas, tendo prejudicado mais de 71 mil alunos. Também foram destruídas 245 casas para professores e ainda afectados mais de mil professores.

Foram igualmente perdidos perto de 118 mil hectares com culturas diversas Inundadas 21 unidades sanitárias e perto de quatro mil casas para além da danificação de vias de acesso rodoviária e ferroviário e outras infra-estruturas económicas como pontes, aquedutos e pontecas.

Estima-se que sejam necessários cerca de 120 mil milhões de meticais para a reabilitação total de infra-estruturas económicas afectadas no perímetro irrigado de Chókwè.

 

Nesta sua deslocação a Gaza, Alberto Vaquina faz-se acompanhar pelos vice-ministros da Agricultura, António Limbau, das Obras Publicas e Habitação, Francisco Pereira e pelo director-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, João Ribeiro. 

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