Os projectos de exploração de hidrocarbonetos em terra firme (“onshore”) na província de Cabo Delgado estão estacionários devido à acção dos terroristas, mas as actividades relacionadas com a exploração no mar (“offshore”) prosseguem e as empresas nacionais mostram-se cada vez mais destemidas e aptas para estabelecer vínculos contratuais com aqueles projectos.
Se numa primeira fase as oportunidades para as empresas nacionais estavam voltadas maioritariamente para a jardinagem, serviços de segurança e pouco menos, hoje já se fala na habilitação destas para serviços mais complexos para aceder e competir neste novo e importante nicho de mercado.
A título de exemplo, a Moz Computers recebeu o certificado ISO 9001 referente a Sistemas de Gestão e Qualidade que lhe foi conferido pelo Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), a partir de um projecto promovido pela Confederação das Associações Económicas (CTA) e que contou com o apoio da Fundação para a Melhoria do Ambiente de Negócios (FAN) por ser um processo que requer algum empenho financeiro.
No âmbito desta parceria, mais 15 empresas nacionais seguem a fila e deverão se associar a muitas outras que cumprem com os requisitos exigidos pelas multinacionais do sector de petróleo e gás como a concessionária da Área 4 da Bacia do Rovuma, nomeadamente a Mozambique Rovuma Venture (MRV) que é uma “joint venture” co-propriedade da Eni, ExxonMobil, CNODC, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), Galp Energia Rovuma e a KOGAS Moçambique.
As empresas nacionais também deverão estar habilitadas a estabelecer vínculos de trabalho com as empresas concessionárias da Área 1, encimadas pela Total Mozambique, que é o operador, em parceria com a Mitsui Mozambique, ENH, BPRL Ventures Mozambique, Beas Rovuma Energy Mozambique, ONGC Videsh Limited e a PTTEP Mozambique. Leia mais…
TEXTO DE JORGE RUNGO
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