Trinta anos de carreira musical dos Ghorwane foi o pretexto que juntou centenas de fãs e curiosos na última sexta-feira, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, para uma viagem rítmica de
aproximadamente duas horas.
Com os bilhetes esgotados uma hora após o início da venda, os Ghorwane iniciaram último sexta-feira o ciclo comemorativo dos trinta anos de existência. O palco do Franco-Moçambicano foi o escolhido para o arranque.
Roberto Chitsondzo (guitarra e voz), João Schwalbach (teclados), Carlos Gove (viola baixo), Paito Tcheco (bateria), Antoninho Baza (voz e sopros), Júlio Baza (sopros), Muzila (saxofone), eram os membros da banda que inspirada foi aplaudida praticamente durante todo o espectáculo.
O repertório dos Ghorwane, que estão mais afinados do que nunca, requintados e com objectividade incluiu os sucesso de Majurugenta (1993), Não é preciso empurrar (1994), Kudumba (1997) Vana va Ndota(2005), todos muito bem alinhados e executados para a satisfação da plateia.
Nota dominante no espectáculo é o facto de os Ghorwane terem se apresentados maduros em termos de presença em palco e performance. Os espectadores aplaudiram de pé, quase o concerto todo. Em algumas vezes faziam coro pedindo as músicas que desejavam ouvir. Foi igualmente agradável e espantoso ver o público cantar os parabéns para os Ghorwane, pelos trinta anos de carreira.
Antoninho Baza, sopros, mas também exímio bailarino (aliás, filho de peixe sabe nadar. Seu pai Raúl Baza, foi um dos maiores bailarinos do país), assumiu também o papel de também vocalista da banda, surpreendendo positivamente a plateia.
No final do concerto, Roberto Chitsondzo eufórico e disse: “Estamos felizes. Foi um bom começo. Praticamos humildemente o preço de 250,00 MT para o ingresso. Próxima sexta-feira faremos outro concerto. E ao longo do ano vamos comemorar de diversas formas os trinta anos de carreira. Neste momento, estamos a trabalhar com Franco-Moçambicano e, esperamos que mais parceiros se juntem a nós”.
PREÇO ACESSÍVEL
O bilhete para o ingresso no espectáculo dos Ghorwane custou 250,00 MT, preço acessível para muitos apreciadores da música.
A bilheteira quando abriu a bicha já era enorme e os bilhetes esgotaram rapidamente, o que resultou em uma enchente. Fora do Franco- Moçambicano, à hora do concerto, muitas pessoas ouviam as músicas do lado de fora, sem poderem contemplar a performance dos “Bons Rapazes” porque já não havia ingressos.
Em função disso, foi imediatamente decidido que na próxima sexta-feira, dia 17 de Maio, os Ghorwane voltarão a subir o palco do Franco-Moçambicano para satisfazer a vontade dos fãs que ficaram por fora.