O ministro da defesa da China, Wei Fenghe, avisou ao seu homólogo dos EUA, Lloyd Austin, que o seu país “não hesitará em iniciar uma guerra” e “esmagar em pedacinhos” quaisquer esforços independentistas de Taiwan. Fenghe fez saber que “se alguém ousar separar Taiwan da China, o exército chinês definitivamente não hesitará em iniciar uma guerra, independentemente do custo” que isso possa acarretar. Os avisos do representante de Pequim confirmam, por um lado, a determinação chinesa em preservar a soberania sobre a disputada ilha de Taiwan. Por outro lado, as “duras” palavras são indicativas da frustração de Pequim com as contínuas tentativas de Washington usar a Ilha na sua estratégia de conter a ascensão da China na arena internacional.
Os avisos de Fenghe foram feitos à margem da cimeira de segurança do Diálogo de Shangri-La, que é uma conferência de segurança intergovernamental realizada anualmente, em Singapura, pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos. O Diálogo de Shangri-La reúne ministros da defesa, chefes permanentes de ministérios e chefias militares de 28 Estados da Ásia-Pacífico. O fórum existe desde o ano de 2002, tendo sido estabelecido para cultivar um senso de comunidade entre os mais importantes formuladores de políticas na área de defesa e segurança da região. É um espaço que tem sido usado pelas variadas delegações governamentais para realizar contactos bilaterais de vária ordem à margem da conferência. E foi nesse ambiente que os ministros da defesa da China e dos EUA se reuniram, pela primeira vez, e o ministro chinês aproveitou a ocasião para transmitir os recados de Pequim ao ministro norte-americano. Leia mais…
Por Edson Muirazeque *
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