A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) graduou sexta-feira última um total de 95 médicos, num universo de 406 quadros superiores entre licenciados e mestrados.
“Os médicos irão reforçar as fileiras dos médicos moçambicanos generalistas”, destacou o reitor da UEM, Orlando Quilambo, no seu discurso durante a cerimónia de graduação realizada no Pavilhão da instituição. O vice-Ministro da Educação, Arlindo Chilundo alertou, por seu turno, para a necessidade de haver equilíbrio nos graduados. “Segundo estatísticas em nossa posse mais de 70 por cento dos graduados são das ciências sociais e humanidades”, frisou.
Daí que apelou para a necessidade de se inverter este cenário sabido que o país, como se referiu, é rico em potencialidades e recursos naturais. ”Temos, isso, sim que apostar mais no equilíbrio entre as ciências sociais e humanidades e as ciências naturais e engenharias”, adiantou.
Arlindo Chilundo destacou também o facto de o Governo estar a levar a cabo um debate que visa introduzir mecanismos que permitam controlar a escalada de custos unitários de formação de graduado por ano, ”de forma a poupar recursos para formação de mais graduados, docentes e pesquisadores”, sublinhou.
Ainda de acordo com o vice-Ministro, pretende-se que se passe a basear-se na competitividade institucional baseado nos indicadores de desempenho. ”Assim a reforma irá permitir a adopção de um sistema de financiamento informado pelo custo real de provisão de ensino, tendo em atenção o custo específico dos programas, assim como o desempenho das instituições do ensino superior”, desafiou.
Chilundo apelou também para a necessidade do ensino superior continuar a alargar os horizontes do graduado. “Para não se dar por satisfeito apenas com salário, em razão do novo título que ostenta, mas em razão da sua produtividade na prática”
O governante concluiu o seu discurso enaltecendo a UEM por alcançar mais uma “proeza indelével no seu percurso histórico” como ele classificou. ”Contribuindo para o desenvolvimento de Moçambique ao formar um capital humano valioso e necessário para a afirmação da nossa moçambicanidade”, enfatizou
O reitor da UEM, Orlando Quilambo, destacou na sua intervenção o facto de se graduar um número significativo de médicos e desafiou esta classe a prosseguir a sua formação. “Dentro de alguns anos serão os nossos especialistas em medicina, obstetrícia, oncologia e demais especializações”, salientou.
Quilambo fez a seguir uma breve reflexão dos desafios que a UEM continua a prosseguir. “Estes serão uma síntese no processo de revisão da visão e missão da instituição. Estamos esperançados que na próxima cerimónia de graduação já possamos operar a nossa missão e visão revistas pela sociedade académica e o público em geral”, prometeu.
Refira-se que foram graduados 408 finalistas, entre 379 licenciados e 29 mestres. Deste número, a Faculdade de Letras e Ciências Sociais contribuiu com mais graduados no total de 146. A Faculdade de Veterinária e a Escola de Comunicação e Arte são os que menos graduaram com três cada.
