Nenhum dos nove réus até aqui interrogados pela 10.ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo explicou com detalhe os contornos do desvio de 113,6 milhões da Direcção do Trabalho Migratório (DTM). A esperança está agora depositada nas últimas duas co-rés – Maria Helena Taipo, à data dos factos ministra do Trabalho, e a então directora nacional do Trabalho Migratório, Anastácia Zitha.
Taipo e Zitha são acusadas de terem autorizado despesas, algumas das quais baseadas em contratos simulados, o que resultou no descaminho ocorrido entre 2009 e 2014.
Ao que se pôde perceber na semana passada, todos os co-réus – Alfredo Lucas, dono de uma das empresas “contratadas” pela DTM; Sidónio dos Anjos Manuel, então chefe do gabinete da ministra; Pedro Taimo, antigo coordenador do Gabinete do Mineiro, e José Monjane, chefe da Repartição de Finanças – sacudiram a água do capote, à procura de contrariar o despacho de pronúncia.
A semana começou com o interrogatório ao réu Alfredo Lucas, proprietário da carpintaria Indomobil, que, para além de mobiliário e cabos de enxada, terá vendido à DTM bens fora da sua vocação, como ração para pintos, rede galinheira e moageiras. Leia mais…