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Exploração mineira à beira do caos na Zambézia

Por Idnórcio Muchanga

As disputas por pedaços de terra nos quais se estima haja minérios assumem contornos cada vez mais insanos na província da Zambézia, onde o cúmulo terá sido a mobilização de três contingentes policiais, por três investidores, para brigarem por uma montanha. Num outro extremo desta mesma província, garimpeiros desentenderam-se com um operador local e destruíram maquinaria pesada e todo o património imóvel da empresa.

Semana passada, visitámos o distrito de Molumbo, mais concretamente a zona de Mirale, onde existe uma montanha que está a ser disputada a unhas e dentes por três empresas e por exploradores informais, vulgo garimpeiros, que andam à cata de uma pedra ornamental conhecida por Ametista, uma variante de Quartzo de cor violeta ou roxa.

Uma das empresas que reivindica o direito de exploração deste local é a Crystal Mining Corporation, que, em Outubro de 2020, requereu a emissão de uma Licença de Prospecção e Pesquisa, com o número 10.6121, de 21 de Fevereiro de 2021, para uma área de 19.800 hectares com a finalidade de avaliar o potencial de minério ali existente e explorá-lo.

Só que, pouco depois de submeter o pedido, aparece um cidadão portando um título de Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT) para fins de prática de agricultura naquela mesma montanha.

As movimentações terão aguçado as atenções dos locais e gentes de outras paragens, que, suspeitando que algo relacionado com a exploração mineira se passava por ali, pegaram em pás, picaretas, enxadas, entre outros para fazer a sua própria prospecção, pesquisa e até mesmo exploração por sua conta e risco. Leia mais…

TEXTO DE JORGE RUNGO
jorge.rungo@snoticicas.co.mz

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