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Matola – Maputo em duas horas

Por admin

A ligação Maputo – Matola virou um tormento interminável para os utentes da EN4, tudo porque temos um Porto e quem tem Porto tem camiões de grande tonelagem para escoar as mercadorias.

Se noutros horárioso tráfego é acelerado através de três faixas em direcção à cidade capital, agora os automobilistas vêem-se forçados a inventar a terceira faixa para fugir dos portentosos camiões que não obedecem a horários de circulação porque inexistentes.

O caos está instalado, os oportunistas fazem valer suas habilidades e as regras de trânsito soam ao sabor de cada condutor, porque ali, não há polícia nem ladrão.

Isto tudo acontece numa época que a roda já foi inventada. Bula Bula acredita que bastava estabelecer um horário especial para aqueles camiões e a ordem seria restaurada.

A bem de todos.  

 

 

Treinador que não ganha não se mexe!

 

A federação de futebol decidiu, vai uns anos, rubricar contratos por objectivos com os seleccionadores nacionais, dando a entender que o país tem metas a atingir e no caso de fracasso haveria gente a sacrificar, ou, no mínimo, a questionar.

Aliás, o discurso sempre subiu de tom através do vice-presidente para a área, o afável académico António Chambal, o qual, sempre que Sidat descarrila, surge como dos escombros para apagar o fogo e realimentar o discurso de contratos por objectivos.

Acontece, porém, que, tendo aportado por cá, nesse figurino, um germânico de nome Gert Engels, há tendência do contrato por objectivos tornar-se objectivos do contrato, podendo o treinador ser eterno desde que os tais objectivos do contrato sejam cumpridos.

É que, o contrato por objectivos apresentado à comunicação social fazia referência à qualificação ao CAN da África do Sul, falhado em Marrakech, e o “Mundial” do Brasil, este super-distante.

Para já, a direcção da federação, à moda de cooperação com a Baviera, vai esticando a corda para um treinador que, não sendo de todo cego, parece ter intimidades com a oftalmologia do futebol.

Agora, com os objectivos do CAN e “Mundial” esfumados, são anunciados outros objectivos do contrato que estão a ser ganhos, como seja a renovação da selecção nacional, como se, constituída de homens que são, um dia a tal selecção não tivesse sido renovada pelos próprios integrantes.

Por isso tudo, não vai ficar mal se renovar-se o contrato com este germânico porque está a ganhar um objectivo supremo que anula todos honorários pagos, mesmo que alguns a título duma cooperação infrutífera.

Tendo Sidat adoptado a fórmula “em treinador que não ganha não se mexe”, faz de todo sentido os técnicos moçambicanos surgirem agora a reclamar contratos por objectivos, desde que sejam sempre rubricados com o actual presidente da federação, porque, para ele, o mais importante são os escondidos objectivos do contrato e não o contrato por objectivos!

 

 

A Inspecção lembrou-se do desporto

Não é todos os dias que cá, entre nós, a Inspecção do Trabalho se recorda do que se faz na área desportiva, onde muitas vezes vale tudo para as vitórias.

Acontece, pois, que num ano que os treinadores portugueses assaltaram o nosso “Moçambola”, os inspectores recordaram-se do sector e vai daí visitas relâmpagos aos clubes para vasculhar a legalidade dos treinadores e jogadores.

O suspeito foi confirmado e treinadores como Diamantino Miranda (Costa do Sol) e Víctor Urbano (Ferroviário) estão agora suspensos por “situação laboral irregular”.

Bula Bula pergunta-se: porquê só agora se são treinadores que estão no país há mais dum ano e até aqui ninguém lhes havia perguntado nada de nada. Também ninguém pergunta se a suspensão é só nos dias de jogo, porque no terreno o jogo é mesmo outro. Como diria o outro, são coisas de Maputo…

 

 

 

 

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