A Polícia da República de Moçambique (PRM) continua em alerta máxima na vila-sede do distrito de Gondola, província de Manica, depois de, na passada terça-feira, ter escorraçado cerca de 100
antigos guerrilheiros do Partido Renamo, os quais durante doze dias se encontravam concentrados na sede da Renamo localizada neste ponto do país.
A operação relâmpago foi orientada pelo respectivo comandante provincial de Manica, Francisco Almeida, que para o efeito despachou para o local dezenas de agentes policiais fortemente armados. A manobra durou algumas horas tendo culminado com a dispersão e detenções temporária de dois membros da Renamo , mas sem qualquer incidente de grande monta.
Na circunstância a PRM deteve o chefe do Departamento Provincial de Mobilização e Propaganda, que conseguimos identificar apenas por Albertino, e o Delegado distrital da Renamo, Fernando Machatine. Ambos Foram conduzidos para o Comando distrital da PRM a fim de prestarem declarações.
A acção da polícia visava assegurar a manutenção da ordem e tranquilidade pública uma vez que os ex-guerilheiros da Renamo “ sem apelo nem agravo” resolveram concentrar-se em Gondola, em tendas levantadas no espaço adjacente a sede da Renamo, ignorando-se os seus reais objectivos (ver edição passada do domingo).
Em contacto com a nossa Reportagem, a comandante distrital da PRM em Gondola, Esperança Fernando, disse que a sua corporação agiu para repor a ordem e tranquilidades pública.
Aqueles indivíduos estavam agrupados naquele local por muito tempo sem uma explicação clara do que pretendiam fazer. Estávamos a fazer um acompanhamento cuidadoso. Foi por isso que tomamos a medida de dispersá-los. E , nesse processo, o delegado político distrital, Fernando Machatine e o chefe do departamento provincial para mobilização e propaganda foram conduzidos para o Comando distrital da PRM para prestarem declarações. Mas já foram restituídos a liberdade.
No entanto, Esperança Fernando referiu que apesar de estes terem abandonado a sede do distrito, a PRM continua atenta a possíveis actos de perturbação `a ordem e tranquilidade públicas.
Todos saíram daqui, não temos ninguém aqui na sede distrital. Mas nós como autoridade continuaremos atentos e a par de todas manobras possíveis. Quando for necessário haveremos de actuar”, referiu Esperança Fernando.
Entretanto, o porta-voz dos ex-guerrilheiros da Renamo afirmou que apesar da acção da polícia aqueles continuarão nas redondezas a espera de “orientações superiores” que irão ditar se regressam para os seus locais de proveniência.