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Um partido coeso que resiste às adversidades

Por admin

A FRELIMO é histórica, mas nem todos que estiveram, desde a primeira hora, na sua criação são históricos ou continuam históricos – como um mar a FRELIMO vai-se livrando das impurezas para 

se manter límpida e fiel ao ideal assumido na sua criação. A história recente da FRELIMO ensina-nos que houve figuras que eram tidas como históricas, mas que deixaram de sê-lo devido à sua conduta reaccionária, quer dizer, ter estado na fundação da FRELIMO, na luta armada de libertação nacional, ter desempenhado algum papel de relevo dentro da FRELIMO ou cargos governamentais depois da independência ou exibir uma patente embora não se conheça a sua presença no teatro das operações, não é, por sí só, condição única para que continuemos a considerar estas figuras como históricas. É também exigível outro comportamento, como o conformar-se a regras de conduta, a princípios e valores da organização, para que o seu conceito de pertença perdure no tempo.  

Mondlane, Samora e outros, mantiveram-se sempre fiéis a disciplina do grupo; sabiam que a permanência do grupo como um todo, dependia do cumprimento estrito das normas do mesmo grupo. A FRELIMO, só se prolonga no tempo, se reinventa no espaço e mantém-se coesa porque, para além de aceitar a crítica interna como forma de aperfeiçoamento dos seus métodos de trabalho, defende também que para que ela seja integral e isenta de diversos aproveitamentos, interpretações e manipulações de interesses contrários, deve ser feita em fóruns apropriados.

Como se pode depreender, a FRELIMO nunca foi contra a crítica, até porque é ela que a fortifica como organização; é sim contra, o facto de ela acontecer fora do circuito previamente estabelecido, a crítica em sede própria é no interesse superior da manutenção da coesão interna do FRELIMO.

Só quem não milita em nenhuma célula pode algum dia pensar que na FRELIMO não há discussão e crítica, porque quem vive a FRELIMO sabe, e bem, dizer que a crítica é seu apanágio, desde o tempo da luta armada de libertação nacional; Há registos e bem vivos, na memória da instituição, de duros momentos de debate interno, mas que sempre terminam em Unidade e fortificação do Partido, isto porque a crítica, não era contra a pessoa em concreto, era feita no sentido de melhorar o desempenho do Partido.

Hoje, tal como ontem que algumas figuras se desviaram, assistimos manifestações de rancores, ódios e frustrações revestidos da capa de crítica, por parte de alguns que puxando para si próprios a manta de históricos, no lugar de discutir as suas ideias nos fóruns, que eles mesmo acordaram e subscreveram que seriam de discussão, usam jornais, para lançar recados e farpas à governação.

Subtraem-se da FRELIMO para discutir a FRELIMO e candongar inverdades; deixam fóruns de debate que eles mesmos acordaram, para virem cá fora em artiguelhos a pretensos amigos, lançar poeira aos olhos dos demais.

Com esta conduta, está mais que claro que estas figuras, estão a dar mostras claras de se auto excluirem da FRELIMO; estão a demarcar-se do grupo numa tentativa vã e vil de mostrar que eles são os mais acertados, os mais coerentes, os mais puros. Tentaram isso com o saudoso Presidente Samora mas não perduraram e não vai ser hoje que vão perdurar!  

Um acerto, coerência e pureza enganadoras, porque estas figuras, muitas delas, já tiveram a chance de acertar e nunca o fizeram. Se fossem acertivos, corentes, puros, no mínimo não se excluiam do que eles hoje conseguem ver como erros de governação propositados, pois fazem parte deste sistema e pior ainda com um passado, muito recente, e desatroso de gestão da coisa pública – deles evita sempre e com cada vez mais rancor explicar o que fez no GPZ e com os dinheiros a que teve acesso. Esses outros chamados de puro fizeram o quê fora o lambebotismo que lhes caracterizava?

O mais alarmante é que alguns desses que puxam a manta de históricos para si escrevem nos jornais para se inocentarem que eles aplicavam as regras da disciplina partidária a ferro e fogo – eram autênticos homens do terror. Tentam hoje vender a imagem de mansos e de uma coerência e eficiência que nunca demonstraram no terreno. Ou estarão de novo a tentar piscar o olho para o Grande-chefe para o empilharem de informações falsas como era pratica no passado.

E quando confrontados defendem-se que estão sendo vítimas de encomendas, dizem que os que escrevem, rebatendo as suas exposições estão a caçar tachos. E uma pergunta não se cala neste momento: Teria sido assim que eles ascenderam ao papel de históricos, à patência, ao Partido e ao Governo, escrevendo por encomenda? Esses que deram os nomes africanos aos seus filhos de tez clara afinal faziam-no para merecer promoção?

Dependerá como se pode ver da conduta de cada um dos históricos, em manter ou não a sua posição de histórico isto porque os reaccionários não terminaram com a revolução; eles podem hoje ser identificados e sobretudo as suas acções nefastas para a sobrevivência da FRELIMO: aqueles que fazem coro contra a FRELIMO e suas realizações que não são capazes de sequer reconhecer que depois do INFLOMA temos as iniciativas Presidenciais como um líder, uma floresta, uma criança uma planta por ano.

 

A FRELIMO é superior a qualquer manifestação do ego (do tipo eu é que fiz aquilo, mesmo sabendo que isso foi feito num grupo, e do tipo o único que tem opinião própria só eu), ou é superior a tendências exibicionistas de clarividência, ao radicalismo de comunicação e ainda que as pessoas que assim agem tenham sido determinantes para a fundação e manutenção da FRELIMO, não aceitaremos que a destruam por esse facto.

Por isso mesmo, deixo aqui o meu comprometimento de, doravante, ocupar-me, exclusivamente, dos escritos dos históricos que usam fóruns inapropriados para debaterem assuntos da FRELIMO, mesmo que continuem a pensar que se trata de encomendas ou de operações de quem luta por tachos, pensando que hoje fazemos como eles faziam como macheleeiros,

recusando que o tempo de abafar os quadros moçambicanos ja passou para a historia.  

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