Lerico Chissano veio ao mundo prematuramente, aos 7 meses, no ano de 1993. Por causa disto, “ficou na incubadora por duas semanas”, relata o pai, Carlos Chissano. Passado pouco tempo, os médicos constataram um sério problema: “viram que os ossos eram frágeis, que não podíamos pegá-lo de ‘qualquer maneira’”. A vida da família mudou drasticamente. A mãe teve de ser “substituída” pelo pai que assumiu praticamente na totalidade os cuidados da criança deficiente física. Chissano diz que o coração da progenitora “não suportou a triste realidade”. Ela teve de ser poupada. Por este motivo, “fiquei onze anos afastado do trabalho, cuidando e acompanhando o tratamento do nosso filho. O médico ortopedista garantiu-me que assumiria o caso”. Fê-lo. “Foram cirurgias nos braços e nas pernas. Colocou-lhe ferros para esticar os braços e os pernas”, descreve Carlos Chissano. Mas, à medida que Lerico ganhava alguns centímetros, “os ferros distendiam-se e sobressaíam na pele”. Por este motivo, “foram retirados. Deixaram apenas um”, hoje visível a olho nu. Leia mais…
TEXTO DE CAROL BANZE
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