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FMI disponível a apoiar orçamento

Por Idnórcio Muchanga

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está disponível para negociar o apoio ao Orçamento do Estado através de uma Facilidade de Crédito a Longo Prazo (ECF) sigla em inglês, a partir do fim do mês de Janeiro de 2022.

A iniciativa poderá contribuir para aliviar as pressões de financiamento à medida que se afirma a recuperação económica do país.

Serve também para apoiar a agenda dos programas de redução da pobreza e restauração do crescimento sustentável e equitativo, contribuindo também para catalisar um financiamento adicional para o desenvolvimento.

Esta informação foi avançada no fim de uma visita da equipa do FMI liderada por Alvaro Piris que ocorreu de forma virtual, no contexto da Consulta do Artigo IV de 2021 com Moçambique.

Outra conclusão obtida da reunião foi de que a economia moçambicana está a recuperar de uma forte contracção, após vários anos de choques económicos resultantes de desastres naturais e insegurança nas zonas centro e norte do país.

Apesar disso, o FIM reconhece que as autoridades moçambicanas conseguiram fazer face, com prudência e êxito, aos desafios colocados pela Covid-19 e à questão da segurança, bem como em relação aos apoio externo.

Entretanto, a instituição entende que o declínio do financiamento concessional, a dívida pública elevada e as grandes limitações de financiamento devem ser resolvidas com medidas fiscais.

“A postura monetária restritiva tem contribuído para manter a inflação sob controlo e preservar a estabilidade macroeconómica, mas limita o crescimento do crédito e o âmbito da facilitação do ajustamento económico por via da taxa de câmbio”, destaca o comunicado do FMI distribuído a partir de Washington.

Defende também que a redução das necessidades fiscais de financiamento através de um ajustamento moderado que não dificulte a recuperação poderá contribuir para colocar a dívida numa trajetória firme que permitirá melhor equilíbrio de políticas.

RETOMA DO CRESCIMENTO

Para o ano prestes a findar, o FIM conclui que houve uma recuperação modesta, mas de base alargada. Isto acontece após a contracção do Produto Interno Bruto (PIB) real em 2020, que foi a primeira em 30 anos. Leia mais…

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