O motor do camião “roncou” muito cedo. Eram 4.00 horas da manhã. Nevoeiro intenso. Camião Volvo de 12 toneladas, carregado de sacos de milho, depois da mesma quantidade de sal ter sido descarregada. A viagem que ia se iniciar era longa. De Milange a Quelimane, mais de 300 quilómetros.
Estrada com troços péssimos, aqui e ali, principalmente quando chove, porque o saibro da plataforma da estrada se transforma em lama e o terreno fica escorregadio. Quando termina a chuva, a estrada fica com trepidação e não se pode andar a grande velocidade, pois o carro ziguezagueia, correndo o risco de cair numa ribanceira.
O motorista, homem experimentado nestas andanças, conhece a estrada palmo a palmo, de tanto fazer o percurso de ida e volta. Mesmo noite adentro sabe onde ficam os buracos, onde faz mais trepidação. Sabe de olhos fechados onde deve acelerar e onde deve afrouxar. Leia mais…
Por António Barros