A noite da sexta-feira foi memorável. Nem o calor nem os pingos de chuva fizeram as pessoas desistirem de se fazer ao Cine-Teatro Scala, cidade de Maputo, para ver o último concerto do ano do Xiquitsi.
A ideia do espectáculo era juntar duas gerações da música moçambicana num único palco para celebrar a vida e mostrar a transversalidade deste projecto virado para a inserção social dos jovens.
Estiveram no mesmo palco Lenna Bahule, Deltino Guerreiro, Stewart Sukuma, Dilon Djindji, coro e orquestra Xiquitsi e banda Nkhuvu, para a festa da nona temporada de música clássica de Maputo.
Sala cheia, pessoas na fila expectantes por um lugarzito, ainda que fosse para encaixar a cabeça, afinal estava lotado, arrancava o concerto. Lenna Bahule deu o pontapé de saída. Interpretou “Ukuthula”, um hino tradicional Nguni, acompanhada do coro Xiquitsi. No fundo, uns arranhões do piano para dar vida à canção e o contrabaixo para dar consistência. A seguir, a jovem interpretou “Kungô”, música que faz parte do seu álbum de estreia “Nômade”, uma tentativa bem conseguida de afirmar que somos produtos das nossas vivências, mas, acima de tudo, a soma das experiências. Leia mais…
Texto de Pretilério Matsinhe
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