As bacias hidrográficas das regiões centro e sul apresentam quadro estável, com tendência a reduzir os caudais, não obstante o alerta lançado a dias relacionado à intensidade de chuvas nos
países vizinhos.
A Direcção Nacional de Águas (DNA) garante que após precipitações recentemente registadas, que culminaram com inundações na região centro e sul do país, as bacias hidrológicas destas zonas registam até hoje uma tendência de descida de níveis hidrométricos.
Esta informação é divulgada quando persiste, até ao momento, o alerta de subida de caudais dos rios Púnguè e Zambeze em consequência de chuvas na Zambia e no Malawi.
Com efeito, as bacias do Zambeze e Licungo (em Mocuba, Zambézia) registaram níveis acima do alerta, mas com tendência a baixar. Entretanto, o Púnguè está a causar preocupação, pois, contrariamente ao Zambeze e Licungo, regista em Mafambisse níveis acima do alerta, com tendência de subir.
No que diz respeito à zona sul, estava prevista até sexta-feira última, uma tendência gradual de a bacia de Limpopo baixar o seu nível hidrométrico.
Dados relativos ao grau de enchimento das infra-estruturas de retenção, revelam claramente um quadro de alívio após períodos de precipitação significativa.
Relativamente à região Sul, por exemplo, a DNA sublinha que as barragens de Massingir, Corumane e Pequenos Libombos, que haviam registado níveis de enchimento de 78, 102 e 90 por cento, respectivamente, nos últimos quatro dias, efectuaram descargas na ordem de 100, 43 e 36 metros cúbicos por segundo.
No que se refere à região Centro, na passada quarta-feira, as barragens de Cahora Bassa e Chicamba registaram um volume de armazenamento de água nas suas albufeiras na ordem de 68 e 23 por cento, respectivamente.
A DNA revela que a barragem de Cahora Bassa já efectuou uma descarga constante de mil e 800 metros cúbicos por segundo no mesmo período.
VAGA DE CHUVAS
PREOCUPA NO NORTE DO PAÍS
Diferentemente do Centro e Sul, na região Norte, a bacia hidrográfica de Messalo continuava a registar, há quatro dias, níveis oscilatórios com tendência a subir na estação de Muiangaleua.
A situação está em pleno monitoramento numa altura que são reportados danos na ponte sobre o rio Messalo, que liga os postos administrativos de Mirate e Nairote. Até ao fecho da nossa edição, a ponte continuava submersa e a circulação rodoviária estava interrompida.
A bacia de Montepuez, em Mecuia, mantinha-se em alerta, registando uma subida progressiva do nível hidrométrico. A ponte sobre o rio Micute, que liga os postos administrativos de Mavala e Impire, no distrito de Balama continuava submersa, interrompendo deste modo, a circulação rodoviária.
No que diz respeito às enchentes das principais albufeiras da zona norte, registava-se, há quatro dias, um volume de armazenamento de água na ordem de 106 por cento na albufeira da barragem de Nampula; 101 por cento na albufeira localizada na barragem de Messica e 65 por cento na albufeira da barragem de Nacala.
Até sexta-feira última, a DNA previa para zona norte que as bacias hidrográficas de Messalo (em Miangaleua) e Montepuez (em Mecuia ) continuassem a registar níveis oscilatórios, com ligeira tendência de subida, mantendo-se o alerta. As aldeias de Ntapuane, Merussa, Montepuez, Tapara, Tororo, Minilane e Mauaua, no distrito de Quissanga, poderiam ser assoladas pelas inundações do rio Montepuez.