Inácio Bernardo, director nacional do Desporto, defendeu, em entrevista ao desafio, que Camilo Antão não devia recandidatar-se a mais um mandato devido ao longo período que dirige
a federação. Abordámos o assunto com o visado.
O director nacional, Inácio Bernardo, disse publicamente que não devia recandidatar-se. Qual é o seu comentário?
Foi um pronunciamento que a mim não atrapalhou em nada. Vou concorrer categoricamente e felizmente os nossos associados estão claros sobre isso. A Lei do Desporto surgiu em 2004 a indicar que uma pessoa é eleita uma vez e pode ser reeleita. Em 2006 fui eleito e surgiu uma proposta da federação internacional para coincidirmos o nosso final de mandato com o ciclo olímpico. Com anuência de todas associações provinciais prolongámos o período e fazemos agora as eleições. Portanto, a minha reeleição será agora e depois acabou. Se o Camilo Antão está há muito tempo a dirigir o voleibol, isso não tem nada a ver com a lei.
Então pensa que Inácio Bernardo não interpretou bem a lei?
Se o Inácio Bernardo tem algum problema, é com ele, porque eu e as associações estamos claros. Em todo caso, um director nacional devia ser uma pessoa informada. Também posso perguntar por que ele continua director nacional? Mas isso não interessa para o caso.
Que relação tem com o Ministério da Juventude e Desporto?
A nossa relação tem sido positiva, embora o Inácio tenha falado o que falou. Temos colaborado a todos os níveis no sentido de cumprimos com as nossas obrigações. Nós estamos satisfeitos com o ministério e seus órgãos, como o Fundo de Promoção Desportiva, Instituto Nacional de Desporto e Direcção Nacional de Desporto.
Mesmo sem vos dar uma sede?
Mesmo sem sede a relação de trabalho é positiva. Em África, normalmente, o protagonismo é dos ministérios. Há anos que se fala de sedes das federações; eles já têm palácios, salões, carros, mas se esqueceram das federações e associações.