A cultura não escapou às consequências negativas da exploração colonial. Muitos artefactos foram pilhados e neste momento encontram-se em diversos museus europeus. Trata-se de objectos cuja recuparação ajudaria a contar a história de África, no geral, e de Moçambique, em particular.
É neste diapasão que surge o debate sobre a restituição dos artefactos e reparação de identidades pós-conflito. Para os historiadores e pesquisadores na área de patrimónios,os objectos culturais são um caminho para a devolução de parte da história do continente africano, ora combatida e negligenciada pelas correntes eurocentristas que dominaram e continuam a dominar uma certa linha de pensamento.
Para o académico e reitor do Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC), Filimone Meigos, a restituição de objectos artísticos e culturais no quadro da colonização deve ser tida como parte do processo da reconciliação entre os explorados e exploradores.
Entende que já há uma noção clara de que muitos objectos ainda se encontram em colecções dos museus europeus, completamente deslocados do seu real sentido histórico e identitário, e que precisam de ser restituídos. Leia mais…
Texto de Pretilério Matsinhe
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