Se na face da terra existem classes de profissionais vulneráveis e facilmente expostas à ingratidão humana, algumas delas são as dos médicos e dos enfermeiros.
Abnegada e zelosamente dedicados ao amor ao próximo, estão ali, venha chuva ou venha sol, venha noite ou venha dia, venha fim-de-semana ou venha fim de ano, esquecidos de si próprios, privando os seus lares do calor da sua presença, muitas vezes em cantos mais recônditos deste país e sempre prontos para cuidar da nossa vida.
Quantas e quantas vezes, na nossa tendência de generalização, quando perante um enfermeiro ou médico como o senhor Doutor Jorge Alexandre HARRISON Arroz e os seus que, infiltrados naquelas classes, apenas movidos por interesses próprios e não pelo amor aos necessitados, e que por atitudes e comportamentos danosos para a honra e dignidade daquelas classes, fácil e sumariamente julgamos-lhes e metemos todos no mesmo saco! São homens e mulheres, verdadeiro “sal que tempera a saúde desta terra”, que com a sua dedicação e entrega cuidam das vidas de cada um e de todos nós. Mesmo quando uma mão suja e criminosa decide infligir um golpe ruim e desolador contra um povo, subversivamente procura a participação destas classes mesmo que para isso tenha de encontrar no seu seio Judas como Jorge Alexandre HARRISON Arroz e outros, que com um punhado não sei de quê não hesitam em pôr em risco a vida do seu próprio povo! Fica aqui a história do feiticeiro que para entrar numa casa precisa de uma mão interna que lhe abra a janela.
Àqueles jovens médicos facilmente arregimentados para este autêntico chamamento ao massacre do seu próprio povo, lembrem-se do esforço que este vosso e nosso Governo fez e faz para que fossem o que hoje são. A massificação da Saúde e da Educação é parte de uma gloriosa luta deste povo tal como a Luta de Libertação Nacional, onde jovens como vocês entregaram a vida para sermos o que somos hoje.
Enquanto os nossos pais, os nossos avós e os nossos filhos continuarem a morrer por falta de assistência médica, porque pouca, e de um hospital, porque inexistente ou distante, essa luta continua e o papel do Governo será sempre criar condições para que mais médicos, mais professores sejam produzidos, e nesta luta é lógico que se o Governo pretender ter mais médicos e
mais professores, infelizmente só poderá pagar aos médicos, aos professores ou enfermeiros salários comportáveis.
Outra lógica é o Governo parar a massificação tanto da saúde como do ensino, deste modo reduzindo o número de médicos ou o número de professores para poder pagar a esses poucos melhores salários.
Ninguém está contra o aumento salarial aos médicos, aos enfermeiros, aos professores ou até mesmo àqueles que tudo fazem para que não falte o pão na padaria, o que reprovamos é que se o caminho for este para a solução dos salários, ninguém irá ficar para contar a história.
Um punhado de excomungados médicos, alguns ameaçados já por uma senilidade que o peso dos anos não perdoa, traidores da classe e literalmente insensíveis ao sofrimento humano, entrincheirados em instituições como assessores, e muitas vezes nadando em mordomias sustentadas pelo sangue deste povo sofredor, criminosamente incitam a classe à greve.
Nesta saga dos assessores, até a nossa sagrada Magistratura Judicial não escapa. Está aí o caso do senhor José Joaquim Pinheiro da Silva Ribeiro, um colono que abandonou este país, e quero acreditar que a mão de alguns desses digníssimos assessores do nosso Supremo, voltou a Moçambique, conseguiu um BI como moçambicano e correu logo para importunar o velho Magaia lá na Matola onde vive com a sua família com a alegação de que a casa onde este vive era sua. Acreditem, quando ouvi este insólito caso pensei que se tivesse dado comigo, esse senhor teria sido respondido por um machado na cabeça. Acham que sou violento? Francamente não! Estou, sim, e de uma forma crua e fria, chamando atenção sobre o que vai acontecer um dia se esta brincadeira e outras similares não pararem.
O senhor Ribeiro é portador de 3 passaportes: um moçambicano, outro sul-africano e mais um português.
Sabem o que é que aconteceu quando a Polícia e mesmo algumas instâncias subalternas do judiciário, lá para a Moamba, tentaram agir contra este abominável caso? Algumas chefias da “assessoria” lá do Supremo não tardaram em mexer os seus pauzinhos para neutralizar a acção.
Neste país, onde algumas chancelarias de países que se arvoram de civilizados e guardiões da democracia e da boa governação, transformaram os seus corredores em corredores da traição e da conspiração contra os interesses deste povo maravilhoso que apenas peca em ser generoso, corredores que viram bancos para financiar qualquer projecto tendente a desestabilizar a Direcção e o Governo deste país, muito em particular, procurar fragilizar a pessoa do Presidente da República que apenas pecam pela sua firme determinação em defender os interesses e os destinos deste povo.
E o povo português sabia que, não obstante a situação hoje difícil em que lhe deixaram, um punhado de portugueses ainda com espírito colonialista ainda consegue fundos para financiar jornais que visam desestabilizar Moçambique e seu Governo? Mas como quem semeia vento colhe tempestade, estamos para ver.
Como se não bastassem as sinfonias orquestradas por alguns “medias” da nossa cidade numa autêntica coligação à dos inimigos do povo moçambicano nessa luta inglória de levá-lo a afastar-se da sua liderança e do seu Governo, principalmente de Armando Emílio Guebuza, digníssimo Presidente da República deste país, surgem aí as cartas pastorais, verdadeira perversão do papel das igrejas no mundo, para forçar uma hipotética alternância do poder em Moçambique.
Sabem a diferença que existe entre Guebuza e todos aqueles que constantemente o atacam? É que Guebuza está no meio do povo e pelo povo! Ele é puro, coerente e transparente, muito acima dos que o atacam, que quanto mais o atacam, mais carinho recebe do seu povo, vive e ganha por um trabalho honesto e não é mercenário de ninguém.
Antes de terminar, deixem-me exprimir o meu espanto pelas vozes que se levantam contra a construção da ponte para Catembe e do anel da cidade.
Começando pela ponte, dos argumentos que se avançam contra esse valioso projecto, fico com a sensação de que, muitas vezes, quando nos convém, falamos de inclusão, mas quando se trata de verdadeiramente incluir os outros, fica um problema. Eu não tenho dúvidas de que a população da Catembe e daí em diante vê prestes a realizar-se o seu legítimo sonho de um dia se ver ligado por ponte à cidade de Maputo, ao país inteiro, e não só, e com satisfação prevê o impulso do desenvolvimento que a ponte irá imprimir na região.
Será que quando Portugal construiu a ponte sobre o Tejo o povo português não enfrentava problemas na sua vida?
Quanto ao anel da cidade de Maputo, já era sem tempo! Quem não concorda comigo que entre outras dificuldades actuais é mais difícil sair desta cidade do que chegar a Bilene ou a Xai-Xai!
Será que mais uma vez estamos em presença de porta-vozes dos grandes senhores do mundo que se sentem assanhados pelo facto de ambos os empreendimentos, a sua execução, estar à responsabilidade de empresas chinesas?
Isto tudo só me faz lembrar a ponte sobre o Rovuma, onde vozes como essas se ergueram contra a sua construção, apresentando como algum dos principais argumentos o STRESS que o barulho dos carros iria provocar aos animais!
Conclusão: tudo o que verdadeiramente visa catapultar o desenvolvimento deste país esbarra sempre com teorias tendentes a adiar ou a inviabilizar o seu arranque. Lembrem-se das vozes contra M’pandakua, contra Tchobanine e aí por em diante.
A verdade é que, no dia em que Moçambique tornar esses empreendimentos realidade, indiscutivelmente, tornar-se-á uma potência na área de energia e dos portos, a nível da região.