Moçambique assinalou na passada terça-feira o 35.º aniversário da morte do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Moisés Machel, vítima de acidente aéreo no nordeste da África do Sul, quando a aeronave que o transportava se despenhou em Mbuzini. Neste contexto, domingo saiu à rua para ouvir dos munícipes que memórias têm de Samora Machel.
PRESIDENTE CARISMÁTICO
– Salvador Nhantumbo, técnico de recursos humanos
Samora Machel foi um Presidente carismático e muito acarinhado pelo povo. Aplicava medidas consideradas severas, mas necessárias, como a “operação-produção” e as visitas repentinas às empresas onde se descobrissem irregularidades despromovia os directores.
Ele foi um dos melhores presidentes que o país teve porque sabia sofrer com o povo. Recordo-me que durante as visitas descobria casos de funcionários que escondiam produtos enquanto o povo sofria. Ele não tolerava estas situações.
ESTUDEI GRAÇAS A SAMORA
– Pulquéria Comé, reformada
Sou uma das pessoas que se beneficiou de bolsa de estudos para fora do país graças ao Presidente Samora. Naquela época não havia condições para que todos estudássemos. Ele conseguiu mandar muitos jovens para o exterior porque ele não queria analfabetismo. Quando voltávamos éramos enquadrados em diversos sectores. Não havia desemprego.
Lembro-me também que não havia muita criminalidade. As pessoas eram punidas nos campos de produção para trabalhar pelo bem-estar do povo moçambicano. Os feitos dele foram tantos que quando ele morreu o país parou. Foi difícil acreditar que havíamos perdido um grande homem como foi Samora. Leia mais…