Sete equipas distribuídas pelos diferentes distritos urbanos, assim como por Katembe e KaNyaca, no Município de Maputo, iniciam esta terça-feira trabalhos de pulverização
das casas e centros de acolhimento das famílias que viram as suas residências e bens destruídos pelas águas das chuvas que se fazem sentir em quase todo país. Entretanto, na semana de 14 a 18 de Janeiro, a cidade de Maputo registou 56 casos de diarreias relacionados com as chuvas, sem nenhum óbito.
A pulverização está a ser levada a cabo pela Direcção da Saúde da cidade de Maputo e visa garantir o controlo da propagação das doenças como malária e cólera, as quais são muito frequentes neste período chuvoso.
O processo inicia nas primeiras horas desta terça-feira e deverá abranger igualmente locais onde há sinais de propensão de aumento do número de mosquitos causadores da malária. O mesmo poderá ser interrompido nos dias de chuva, porque nestes o insecticida não tem reflexo nos locais onde é colocado.
De recordar que antes do início deste processo, aquelas equipas fizeram, durante a semana finda, nos respectivos distritos urbanos, o levantamento dos bairros e número de casas das famílias afectadas.
Segundo a médica-chefe de Saúde da cidade de Maputo, Alice Abreu, de Outubro do ano passado até dia 13 de Janeiro do ano corrente, a cidade capital do país registou, nas suas unidades sanitárias e bancos de socorro, mais de 377 casos de diarreias e 780 de malária, e felizmente, sem nenhum óbito. Trata-se de casos vindos de diferentes pontos da capital do país.
De segunda a sexta-feira últimas, a cidade de Maputo registou 56 casos de diarreias sem nenhum óbito. Destes, oito foram reportados na segunda-feira, 19 casos na terça-feira, 12 casos na quarta-feira, seis casos na quinta-feira e 11 casos na sexta-feira.
Atendendo o período em que nos encontramos e mesmo com a chuva que vem caindo na cidade de Maputo, Alice Abreu considera que a situação actual tanto de diarreias, como de malária é estável.
Para manter estes níveis, a fonte referiu que as autoridades têm vindo a distribuir “Certeza”, para incentivar os munícipes a ter o hábito de usar aquele produto que garante a purificação da água para o consumo.
“Quando chega a época de Verão e de chuva, fazemos um controlo apertado de diarreias. Trabalhamos nos bairros, onde procuramos saber junto dos munícipes, por exemplo, como é que tratam a água, o sistema sanitário e o lixo que eles produzem diariamente. Isto tem-nos trazido resultados satisfatórios nos últimos tempos. Prova disso são as baixas entradas de pessoas com malária que temos vindo a registar nos últimos tempos”, disse.
Entretanto, a médica-chefe da cidade de Maputo disse ainda que o Centro de Tratamento de Cólera de Mavalane está a beneficiar de trabalhos de limpeza e aquisição de equipamento médico para o seu funcionamento.
Os trabalhos em curso visam permitir aos profissionais da Saúde ali afectos maior preparação como a disponibilização de meios necessários, caso venha a eclodir um surto de cólera.
“Os trabalhos que temos vindo a fazer naquele centro não significam que registámos casos de cólera na cidade. Apenas estamos a nos preparar para que futuramente não sejamos surpreendidos”, explicou.