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Israel “implora” ao Irão para que volte ao acordo nuclear

Por Idnórcio Muchanga

Em reunião para a promoção da normalização das relações entre Israel e os seus vizinhos árabes, os ministros dos negócios estrangeiros dos EUA, Israel e Emirados Árabes Unidos aconselharam o Irão a regressar ao acordo nuclear iraniano de 2015. No encontro tripartido, a tríade lançou um aviso a Teerão dizendo que o “tempo está a esgotar-se” e que “apesar de se privilegiar a via diplomática”, outras opções estão a ser exploradas para impedir que o Irão se torne numa potência nuclear. A posição da tríade evidencia uma mudança na política externa de Israel, dado que, quando o acordo foi assinado, Tel Aviv considerou-o um “erro histórico” e de tudo fez para o mesmo fosse abandonado pelos EUA, algo que viria a acontecer durante a presidência dos EUA. Tel Aviv até parece estar a implorar que Teerão retorne ao acordo.

O Acordo Nuclear Iraniano foi assinado em 2015, entre o Irão e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) mais a Alemanha – os chamados P5+1. A sua assinatura resultou de um processo longo e de várias discórdias entre a “comunidade internacional e o Irão. O cerne da desinteligência estava o entendimento da “comunidade internacional” de que o país persa está a desenvolver um programa nuclear com a finalidade de obter armas nucleares. O Irão, no entanto, sempre refutou essa tese e contra-argumentava que estava a desenvolver um programa nuclear meramente pacífico.

Entre ameaças, imposição de sanções e negociações, os P5+1 viriam a assinar um acordo nuclear com o Irão em 14 de Julho de 2015. Com a assinatura do acordo, a “comunidade internacional” acreditava terem sido criadas as condições para monitorar, de perto, o programa nuclear do Irão e impedir que aquele país militarize o seu programa. Em troca, o Irão acreditava que, finalmente, as sanções económicas lideradas pelos EUA chegariam ao fim e o país teria acesso aos fundos necessários para financiar as suas necessidades de desenvolvimento. Leia mais…

Texto de Edson Muirazeque *
edson.muirazeque@gmail.com

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