O ano lectivo de 2013 arranca amanhã no país, e no Niassa, o medo que pairava nos responsáveis da Educação, semana passada, sobre o baixo número de matriculados já se dissipou.
As enchentes que se registaram nos últimos dois dias (quinta e sexta-feiras últimas) ultrapassaram as expectativas e o sector tem de andar a contra-relógio para ter tudo em ordem para as aulas começarem.
Quinta e sexta-feira últimas foram dias de grande azáfama, não só em Lichinga, a capital provincial, como nas vilas-sede dos distritos do Niassa. É que o prazo estabelecido para os alunos se matricularem estava a chegar ao fim. Nestes dois dias, casos houve em que, temendo a perda de vagas nas escolas, alguns pais e encarregados de Educação optam por transferir os postos de matrículas para os gabinetes dos responsáveis da Educação, incluindo o do director provincial e os dos directores dos Serviços Distritais da Educação, Juventude e Tecnologia, facto que, segundo o timoneiro da Educação na província do Niassa, Amado Assique, coloca certa pressão sobre os responsáveis do sector.
Num contacto com a nossa reportagem, o director provincial da Educação e Cultura de Niassa garantiu que todas as condições estão criadas para que as aulas iniciem amanhã. Para o efeito, as cerimónias ao nível da província vão decorrer em Chimbunila.
Segundo Assique, o livro escolar já se encontra nas escolas, o mesmo acontecendo em relação aos professores que trabalharam no ano passado. Falta integrar os novos professores, cujos concursos documentais para a sua contratação estão a decorrer em todos os distritos da província sob supervisão dos Serviços Distritais da Educação, Juventude e Tecnologia.
Ainda, em relação aos professores, a Direcção Provincial de Educação e Cultura de Niassa vai contratar 740 novos professores, maior parte dos quais ligados às ciências exactas para leccionar nas escolas secundárias e profissionais.
Amado Assique disse, a terminar, que em todos os distritos, o processo de matrículas decorreu normalmente, mas não se referiu se as metas serão ou não cumpridas dentro do período programado.
Metas cumprida na “Kankhomba”
Mais de 85 por cento dos alunos já tinham sido matriculados até ao final da quinta-feira passada na Escola Secundária Paulo Samuel Kankhomba, em Lichinga, segundo afirmou Orlando Ernesto Govene, director do estabelecimento.
Govene esclareceu na altura que todas as comissões de trabalho, nomeadamente para formar turmas e grupos de disciplinas estavam a trabalhar, tendo acrescentado que todos os professores que estiveram em exercício no ano passado já se tinham apresentado. Faltam apenas os 25 novos docentes que a escola solicitou às estruturas competentes da Educação para completar o lote de professores que vão leccionar naquela escola.
“Temos esperanças de que os professores solicitados ser-nos-ão fornecidos, uma vez que eles são importantes para o cumprimento do programa escolar”, sublinhou Govene. As disciplinas cujos professores estão por recrutar, são as da Secção de Ciências, e Filosofia e Inglês, da secção de Letras.
De referir que a Escola Paulo Samuel Kankhomba é o maior estabelecimento de ensino secundário geral da província de Niassa.