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Mantém-se braço-de-ferro entre médicos e Ministério da Saúde

Por admin

A Associação Médica de Moçambique (AMM), reunida ontem em Maputo, decidiu manter a greve geral de médicos no país que completa uma semana amanhã. Jorge Arroz, presidente

desta agremiação, disse ao domingo que ainda não foram encontrados consensos em torno da proposta da nova tabela salarial.

 

Governo e classe médica desdobraram-se, ao longo da semana finda, em encontros conciliatórios sobre a matéria, contudo, soubemos que as exigências dos médicos, de quase duplicar o salário base (actualmente fixado em quase 20 mil meticais), não estão a ser comportáveis em função do cabimento orçamental.

Entretanto, numa ronda que efectuamos pelos hospitais do país, ficamos a saber que os médicos asseguraram os serviços mínimos aos utentes, tendo revelado algumas dificuldades sobretudo em matéria de consulta externa.

O Director do Hospital Central de Maputo (HCM), João Fumane, disse à nossa Reportagem que de um universo de pouco mais de 300 médicos, cerca de 80 faltaram nos primeiros dias da greve, o que trouxe implicações nas consultas.

Sublinhou que foi necessária a suspensão das férias de grande parte dos médicos-especialistas para colmatar ausências, uma política que até certo ponto, trouxe bons resultados até ao momento.

No Hospital Geral de Mavalane, na cidade de Maputo, a média de ausências esteve abaixo de um terço do efectivo de médicos normalmente escalados ao serviço.

A directora clínica daquela unidade hospitalar, Elisabeth Mulhovo, disse que o impacto da greve dos médicos não tem produzido graves consequências, mas seu impacto é visível na consulta externa

Leila Monteiro, directora do Hospital Geral José Macamo, também na cidade na cidade de Maputo, disse que as ausências normalmente não superam os 10 dos 40 médicos que trabalham na unidade sanitária que dirige.

“Temos feito o nosso trabalho normalmente. Posso assegurar que os serviços de urgência estão a funcionar em pleno”, disse a nossa entrevistada, elogiando a atitude dos profissionais que se apresentam ao serviço.

Destacamos, à parte, reportagens dos nossos colegas nas províncias de Inhambane e Manica, que de uma forma geral, informam que a população tem beneficiado dos cuidados necessários pelo pessoal da Saúde, o que sucede em todo o país.

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