O desenvolvimento e consolidação da música gospel na província de Gaza em muito depende da união de diferentes agremiações existentes dentro de inúmeras congregações
religiosas naquele ponto do país. Esta é a posição Maela Mapoissa, trovador daquele género musical com quem o domingo conversou recentemente. “Devemos passar imediatamente para um estágio de intercâmbio inter-igrejas mais alargado , colocando o gospel como uma modalidade de canto que muito tem contribuído para a purificação da alma e manutenção da coesão entre as pessoas”, sugere Maela Mapoissa.
Adiante refere que em Gaza o culto daquele género ainda está confinado às igrejas. Para ele, devia haver ligação e/ou parcerias musicais com outros grupos. “Temos que olhar para o gospel como uma arte a partir da qual se pode colher dividendos que permitam o seu desenvolvimento e sua sustentabilidade”, apontou.
Ainda de acordo com o nosso interlocutor, uma das formas de se promover esse desenvolvimento seria o alargamento e diversificação de número de eventos para permitir uma massificacão.
Alguns ensaios foram já feitos, aquando dos concertos alusivos aos Jogos Africanos de Maputo (recorde-se que Gaza acolheu a modalidade de canoagem) e aos referentes aos festejos do Natal, no ano passado.
Outros exemplos, recorda Maela Mapoissa, ocorreram através de certos programas radiofónicos e televisivos locais, embora “não tenham surtido efeitos desejados”.
Refira-se que gospel em português significa “evangelho” e é uma composição escrita para expressar a crença individual ou de uma comunidade com respeito à vida cristã. Ela veicula muitos motivos: prazer estético, motivo religioso ou cerimonial ou como produto de entretenimento para mercado comercial.