Cipriano Rebeca dos Santos popularizou-se como Nito. Foi um dos tantos jogadores que no início da década de 80 decidiram deixar o país para abraçar o profissional fora de portas, indo para Portugal. Na sua época fazia a posição de médio-ala, mas em Portugal, quando envergou a camisola do Vitória de Guimarães, experimentou a posição de lateral.
Pujante e bastante dinâmico em todas as missões do jogo, falta-lhe, segundo ele, uma coisa. “Não era um driblador. Um médio-ala sem drible fica um pouco amputado. Resolvia o problema de outra forma. Fisicamente era muito forte porque trabalhava bastante e, de certeza absoluta, classifico-me entre os melhores que fizeram essa posição no país”, salientou.
Nasceu em Namialo, a noventa quilómetros da cidade de Nampula. “A minha escola de jogadores, como era hábito naquela altura, foi a escola primária da vila onde nasci e cresci. Era assim com todos os meninos do meu tempo. Não há nada de saudosista no que vou dizer, mas é verdade que naquele tempo existiam muitos espaços, como também havia menos entretenimento, principalmente para quem não tivesse muitos brinquedos. O nosso principal brinquedo era a bola. Usávamos qualquer espaço para jogar. Podia ser um terreno à volta da casa, ou um terreno baldio”, lembrou. Leia mais…