Conquistou, recentemente, o bicampeonato africano de clubes como treinador da equipa de seniores femininos do Ferroviário de Maputo. Mas, para quem não sabe, Carlos Aik havia se distanciado, de forma efectiva, dos campos há já alguns anos. Mas a paixão pelo basquetebol fê-lo acolher uma proposta daquele clube – a poucas semanas da competição – para resolver um problema pontual, conforme disse, isto é, carburar a máquina para melhor prestação no africano. Interveio, afinou e ganhou.
O jornal domingo conversou com esta personalidade de palmarés invejável nas lides do básquete, não só pelos feitos a nível externo, como também nas competições internas. Nasceu em Maputo e é licenciado em Economia e Gestão; tem pós-graduação em Marketing; formação como professor de Língua Portuguesa e, como treinador de básquete, curso que frequentou até ao 3.º nível.
Acompanhe a entrevista.
Como é que se sente poucos dias depois de uma grande conquista, para si e para a equipa do Ferroviário de Maputo?
É uma sensação de alegria, quase que indescritível, é uma grande sensação… que vai levar um tempo para desaparecer, principalmente no meu caso, pois eu já estava inactivo, pelo menos de forma directa.
O que é que o levou a afastar-se das quadras por algum tempo?
Primeiro, a minha actividade profissional que me obriga a não ter muita disponibilidade para a modalidade… Se eu tiver de estar na “bola ao cesto” é bom que esteja totalmente… quando existe alguma incompatibilidade não vale a pena. (Ora), a minha actividade impede- -me de estar a 100 por cento. Neste momento, sou assessor de Conselho de Administração e, nessa qualidade, tenho algumas actividades que são da minha responsabilidade, por isso não posso comprometer- -me com outras. Então, prefiro dar o meu apoio ao basquetebol doutras formas, não sendo directamente treinador. Mesmo assim, mantenho-me, sempre, a par, leio bastante sobre o assunto e, provavelmente, mais do que alguns que estão no activo; assisto a muitos jogos, faço o acompanhamento do que acontece aqui dentro (no Ferroviário). Mas aceitei este convite que me fizeram agora para resolver esta situação (a participação do Ferroviário no africano de clubes), fui resolver esta situação pontual, não voltei para ficar.
E o segundo motivo? Leia mais…
Texto de Carol Banze
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