Apesar de existirem vários projectos de habitação, aceder a uma casa continua a ser um grande drama em Moçambique, sobretudo para os jovens. Um dos problemas identificados pelo Fundo de Fomento de Habitação (FFH) é a falta de capacidade financeira por parte da camada juvenil, com a agravante de a banca considerá-la de risco elevado.
O FFH diz ter criado um programa denominado “Habita Moçambique” que visa, entre outros, massificar a construção de habitações sociais e identificar estratégias de actuação para atender às camadas de baixa renda, a exemplo de funcionários e agentes do Estado e trabalhadores do sector informal.
Em entrevista ao domingo, o presidente do Conselho de Administração (PCA) do FFH, Armindo Munguambe, afirma que o “Habita Moçambique” está a fazer, a nível nacional, o diagnóstico das necessidades de habitação.
“Neste momento estamos a construir as casas, a estabelecer parcerias público-privadas (PPP), lançar novos concursos e a desenvolver estudos para que novas tipologias de casas acessíveis possam ser disponibilizadas”, disse.
Actualmente está em curso um projecto de construção de 1800 apartamentos na província de Maputo, esperando-se que até finais do próximo ano sejam entregues pelo menos mil casas. A empreitada foi lançada este ano pelo Presidente da República.
No mesmo espírito está prevista, a breve trecho, a construção, em média, de 30 casas por província, com recurso ao Orçamento do Estado e do FFH, isto é, sem contar com o financiamento de futuros parceiros. “A ideia é elevar o nível de acesso à habitação em função dos recursos que angariarmos e das parcerias que estabelecermos”, destacou. Leia mais…
Texto de Angelina Mahumane
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