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MAIS UMA VEZ SOBRE O DILEMA DA PESSOA “NEGRÓIDE”

Por Idnórcio Muchanga

 

Muitos de nós, rotulados e identificados como de raça negróide, caracterizados por termos cabelos encarapinhados, com a cor da pele sempre mais escura e variante de tom conforme cada indivíduo, e que o Rei e Poeta Salomão classificou de “escura como as barracas do deserto, por ter sido queimado pelo Sol”, (Cântico dos Cânticos 1:5), mas que, segundo alguns geneticistas, foi o primeiro tipo de raça que basicamente iniciou a espécie humana e que se desenvolveu mais rapidamente no nosso continente africano, dizíamos que muitos de nós não estamos conformados com essa nossa condição biológica imposta pela “Mãe Natureza”, à qual nunca perdoamos por nos ter feito assim. 

Vivemos com um rancor indisfarçável. Daqui, muitos de nós, recorrer a vários artifícios para esconder essa identidade atribuída pela “Mãe Natureza”, procurando ”desembaraçar-se” da cor da pele e do cabelo crespo a todo o custo. Alguns de nós, Homens negróides, socorrem-se do barbeiro, que é um profissional que trabalha com o cabelo humano, realizando diversas alterações ao mesmo, como corte ou coloração, utilizando para o efeito vários utensílios e ferramentas para a manipulação capilar, onde se salientam: máquinas de corte e acabamento, as tesouras, navalhas, pentes, capas, até queimaduras, com o fito de desfazer e apagar do nosso couro cabeludo todo e qualquer vestígio que possa identificar-nos com esta parte do nosso continente, também rotulado de “África Negra”. Só que ela, “Mãe Natureza”, deve estar a rir-se de nós onde se encontre, por achar essa atitude de ridícula, burlesca e inútil, porque no fim da vida, quando já alguém estiver só na cova, o que do nosso corpo continua a crescer são justamente os cabelos e as unhas! E qual é a atitude e luta das “Negróides”? Leia mais…

Por Kandiyane Wa Matuva Kandiya

nyangatane@gmail.com

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