– Joaquim Chissano, antigo Presidente da República
A diplomacia foi um grande instrumento para a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) conseguir apoio em armamento e solidariedade internacional em relação à causa da independência.
Esta posição foi defendida esta manhã, em Maputo, por Joaquim Chissano, antigo Presidente da República, durante o Simpósio alusivo ao seu 80º aniversário natalício.
Intervindo num painel subordinado ao tema: A Génese da Política Externa de Moçambique, A Diplomacia de Libertação, Chissano destacou que a identidade histórica e resistência dos moçambicanos foram determinantes para que a luta tivesse simpatias um pouco por todo o mundo.
Explicou que Eduardo Mondlane, que em 1962 uniu os então movimentos libertadores, jogou papel crucial na divulgação do sentido da luta no seio da comunidade internacional, sobretudo a nível da Organização das Nações Unidas.
Destacou a participação de nacionalistas moçambicanos de cor branca na luta – Hélder Martins, Jacinto Veloso, João Ferreira dos Santos e Óscar Monteiro e outros – embora admita que numa primeira fase a sua entrada na Frelimo não foi bem vista.
“O que todos defendíamos, quer os estudantes africanos na Europa quer os que integravam a Associação dos Estudantes Africanos em Lourenço Marques, era que além da nacionalidade tivéssemos bandeira, pois, tratava-se da luta de todos os moçambicanos independentemente da sua cor”.
A secundar Joaquim Chissano falaram os combatentes Feliciano Gundana, Hélder Martins, Mariano Matsinha que reiteraram a importância da diplomacia moçambicana para aceitação da luta no seio dos movimentos libertadores de África e noutras organizações.
Os Combatentes destacaram que para o sucesso da luta valeu a tese de que era preciso fazer novos amigos e evitar inimigos.
Este Simpósio conta com a participação de antigos estadistas da África Austral, entre eles, Festus Migas, do Botswana, Rupia Banda, da Zâmbia, bem como do ex-primeiro ministro angolano, Lopes de Nascimento, além do filho do antigo presidente zambiano, Kenetth Kaunda. Todos eles destacaram as qualidades de Joaquim Chissano na construção de Moçambique e de outros países da região e do mundo.Leia mais…