Uma terra cujo nome deriva de “marro”, que significa terras baixas, lodo ou matope em língua cisena, Marromeu é uma vila municipal da província central de Sofala, localizada na margem Sul do rio Zambeze.
É a terra das motorizadas, que, de segundo a segundo, cruzam-se com as suas gentes pelas ruas, sinalizando a pressa e dando mostras de desenvolvimento.
Contudo, por detrás de algumas construções de betão, onde, praticamente, pouca gente se vê, ela esconde um negócio “proibido” aos olhos da maioria. Marromeu tem trabalhadoras de sexo. E um facto chama atenção: o negócio depende muito de épocas: “quando chega a colheita e comercialização do gergelim, intensifica-se. Elas vêm de diferentes lugares à busca de finanças que são movimentadas intensamente por revendedores”, afirma Mariana Januário, chefe de repartição da Acção Social ao nível daquele distrito.
Entretanto, mostra-se importante referir que, igualmente, a Companhia de Sena tem a sua contribuição nessa lida, “sobretudo quando chega o fim do mês e são pagos os salários”, disse.Nesta altura, “regista- -se um movimento intenso de mulheres, que procuram preferencialmente os trabalhadores da fábrica de açúcar para conseguirem dinheiro”, acrescentou.
De uma forma geral, o quadro que se traça é de um movimento de idas e voltas. E quem ajuda a falar sobre o assunto é a Associação da Juventude de Luta contra Sida e Drogas (Ajulsid), que se dedica à protecção das trabalhadoras de sexo, fundada em 1998, por estudantes de várias universidades. Leia mais…
TEXTO DE CAROL BANZE
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