“O filho sábio alegra seu pai, o insensato envergonha sua mãe” ‒ Provérbios 15:20
Peço desculpas e ao mesmo tempo permissão aos estimados seguidores e seguidoras desta página, reservada geralmente para a exposição de questões um tanto ou quanto fantasiosas e muitas vezes irrealistas, mas que em certas ocasiões mexem com a vida de muitos.
Desta vez, gostaria de sair da rotina, para prestar uma homenagem tardia, mas pertinente a alguém muito especial e em grande medida responsável por aquilo que sou. Só o nome dela define-a como uma pessoa criativa com facilidade para lidar com situações difíceis. Porque para os nossos usos e costumes africanos, e para os autores bíblicos, um nome é mais do que uma junção de letras. O nome representa a própria essência da pessoa que o carrega. Resiliente e persistente nos seus propósitos, na maioria das vezes, é extremamente optimista e desligada de coisas banais. Trata-se da viúva do meu falecido pai e minha preciosíssima mãe biológica de seu nome ADELINA. Nascida a 6 de Agosto de 1920, dentro de dois dias irá comemorar o seu 99.º aniversário natalício. Isso mesmo! Noventa e nove anos de vida vivida intensamente. Catorze vezes mãe, neste momento continuam vivos apenas seis: quatro homens e duas senhoras, sendo eu primogénito. Que bênção! O Talmude dos Judeus reza que um aniversário ensina o conceito de renascer. Por isso, festejá-lo é celebrar um novo começo, embora o pavor da morte nessas ocasiões às vezes nos visita, mas geralmente fica lá no nosso fundo disfarçado. É uma ocasião de festejar, agradecer e reflectir sobre o que está realizado na vida dessa pessoa. É preciso chegar activo à terceira idade, não lamentar o envelhecimento, mas encará-lo como uma celebração da sabedoria. Ela, minha mãe, é uma verdadeira heroína. Leia mais…
Por Kandiyane Wa Matuva Kandiya
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