‒Vovó Isaura Felizarda, 62 anos
“Va luthla!” (são malandros). Não sabem o que é um lar; ter mulher, filhos. Não têm consideração pela sua família”. Deste modo, a vovó Isaura Felizarda, residente no bairro da Malhangalene, falou ao jornal domingo, insurgindo-se contra aqueles homens que se aproveitam da tão falada e até vivida crise financeira para “espremerem” as suas mulheres até às últimas consequências, deixando-as com parcas moedas para gerir os assuntos domésticos.
Para piorar a situação, “eles deixam 30 Meticais em casa, mas comem doses de carne todos os dias no serviço”. Na verdade, é caso para falar de “muita coragem da parte desse pai, que rasga pedaços de carne escondido dos filhos e da mulher. É preciso que entendam que com 30 Meticais apenas se compra pão. Não é suficiente para incluir a manteiga, cuja barra custa mais de 100 Meticais e a maior chega a 300, para não falar de outras coisas. Este comportamento é um insulto à família que eles próprios construíram”.
Contundente, a vovó Isaura considera que é por estas e outras que “as mulheres acabam aceitando a ajuda de outros homens… A culpa é do homem da casa, que não gere a sua família como seria de desejar”, posicionou-se.
Foto de Jerónimo Muianga